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BRASIL

Movimento de Luta dos Trabalhadores (MLT) agora é Resistência

Por: Carol Coltro, de São Paulo, SP

Na tarde de domingo, dia 24 de junho de 2018, em São Miguel Paulista, Zona Leste de São Paulo, a organização MLT (Movimento de Luta dos Trabalhadores) oficializou a unificação com a Resistência. Dessa forma, a Resistência se fortalece na atuação junto à juventude da periferia de São Paulo, na Zona Leste construindo o Afronte como movimento de juventude nacional. Reafirmam, com isso, a necessidade de superar a fragmentação dos revolucionários no Brasil.

Também foi debatida a importância da candidatura de Boulos e Sônia e da unidade entre PSOL, MTST e PCB para a reorganização da esquerda e apresentação de uma saída para os trabalhadores.

Publicamos, abaixo, a carta na qual os companheiros anunciam a decisão: 

Carta de Saudação, 2018.

Hoje é um dia importante: o Movimento de Luta dos Trabalhadores tem o prazer de oficializar a entrada na Resistência. Nesse momento se reconfigura um plano que foi construído e pensado desde sua fundação em 2016, do Movimento de Luta dos Trabalhadores – MLT. Plano esse que teve um amadurecimento político e intelectual do que significa para nós uma organização revolucionária, e dessa forma, buscamos ultrapassar os limites de uma pequena organização e se unir a partidos e movimentos que tivessem afinidades políticas com o que acreditamos ser o caminho para a construção do socialismo no país e no mundo.

Foi neste processo que o ex-MAIS se mostrou convergente com nossas expectativas, principalmente pelo fato de se colocarem como um partido que almeja construir um Partido Socialista da classe trabalhadora, e que para isso entendem como necessária a união de revolucionários. A aproximação entre MAIS-MLT se deu da forma mais horizontal possível, atendendo a nossa concepção de que um movimento ou partido revolucionário deve, não apenas estar presente no seio da classe trabalhadora, mas surgir do acirramento da luta de classes de maneira orgânica e colada ao seu desenvolvimento histórico. Realizamos um ciclo de debates com o nome de “FLUXO MARXISTA”, o qual teve caráter tático de aproximação entre as juventudes das duas organizações. Nessa atividade, os pontos de encontros passavam pelo extremo leste de São Paulo como São Miguel Paulista e outras cidades periféricas como Itaquaquecetuba e Poá. Esse projeto nos mostrou um fenômeno muito importante de vanguarda entre a juventude periférica que busca entender a sociedade e o momento histórico que vive, além de querer se inserir na vida política.

Com isso, fizemos uma série de encontros de aproximação e discussão programática com os companheiros do ex-MAIS que possibilitou criarmos uma base comum e mais sólida sobre 1) concepção de partido, 2) construção política nacional e internacional, 3) frentes de atuação política e 4) programa. Após participar como convidados do Congresso de Fusão das organizações ex-MAIS/ex-NOS, que resultou em uma nova organização, atual Resistência – acreditamos que tivemos acúmulo de experiências suficientes para finalmente decidirmos sobre a dissolução do MLT e incorporação na Resistência.

No nosso último Congresso em Janeiro de 2018 mediante o aprofundamento do debate acerca dos passos para o próximo período, decidimos pela dissolução do MLT. Compreendemos nossa tarefa de diluir a organização política que construímos vislumbrando o fortalecimento de uma organização revolucionária através da unidade programática atualizada, e que atenda a realidade da luta de classes no Brasil. A união de revolucionários marxistas, operariado e juventude representa a fortificação do espírito que subverte a ordem capitalista, assim devemos fazer cumprir-se a tarefa histórica de reconstrução da esquerda socialista, e impulsionar a juventude da classe trabalhadora a inserir-se de forma decisiva na história. Esse é o nosso objetivo.

Enquanto vivermos, viverá a luta pela emancipação da classe trabalhadora!

VIVA A RESISTÊNCIA!
VIVA A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA!
VIVA O SOCIALISMO!

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