Cerca de 800 trabalhadores da construção civil de Fortaleza paralisaram suas atividades nesta terça-feira, 05, durante duas horas. O protesto é resultado da decisão da categoria de avançar na Campanha Salarial, unificando com outras categorias em luta.
Em assembleia realizada no dia 24 de maio, a categoria aprovou iniciar um processo de paralisações contra a proposta dos patrões de implementar o banco de horas e aumentar a jornada de trabalho. Além deste grave ataque, querem reduzir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e retirar outros direitos que estão na Convenção Coletiva. Sobre o índice de reajuste salarial, a proposta apresentada pela patronal não cobre nem a inflação.
A paralisação ocorreu após o impacto na categoria da greve dos caminhoneiros e também da greve dos petroleiros. O piso salarial no setor é muito baixo e a carestia do nível de vida e os preços dos combustíveis também afetam fortemente os operários da construção civil. Uma das reivindicações nesta campanha salarial além do reajuste no salário de 8% é o vale combustível.
A nova diretoria do sindicato eleita recentemente, União e Luta, que reúne companheiros e companheiras da Resistência/PSOL, do PCB e independentes, estão empenhados prioritariamente em construir um amplo e forte processo de mobilização na base da categoria mas reconhecemos os limites de caminhar sozinhos. A atual situação política do país, ainda que haja lutas importantes dos trabalhadores, é muito desfavorável para os trabalhadores. Por isso, a nova diretoria eleita compreende a necessidade de unir as lutas de outras categorias em curso. Na paralisação, além da central sindical CSP-Conlutas, estiveram presentes os rodoviários, que também estão em Campanha Salarial, a confecção feminina, gráficos, professores e os servidores municipais ligados à FETAMCE.
As paralisações seguirão, provavelmente unificando com o Dia Nacional de Luta dos Servidores Federais, 07 de junho, e se estenderão até a próxima assembleia geral da categoria, marcada para 14 de junho. Em todas nossas paralisações estamos debatendo com a base da categoria a necessidade de que as Centrais Sindicais convoquem um Dia nacional de Mobilização em defesa dos direitos dos trabalhadores, pelas liberdades democráticas e liberdade do Lula e pelo Fora Temer.
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