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MOVIMENTO

Operários da construção civil de Fortaleza (CE) fazem paralisação

Flávio Patricio e Clesiberto Corredor, de Fortaleza (CE)
Trabalhadores da construção civil votam na assembleia. Foto divulgação Sindicato

Trabalhadores da construção civil votam na assembleia. Foto divulgação Sindicato

Cerca de 800 trabalhadores da construção civil de Fortaleza paralisaram suas atividades nesta terça-feira, 05, durante duas horas. O protesto é resultado da decisão da categoria de avançar na Campanha Salarial, unificando com outras categorias em luta.

Em assembleia realizada no dia 24 de maio, a categoria aprovou iniciar um processo de paralisações contra a proposta dos patrões de implementar o banco de horas e aumentar a jornada de trabalho. Além deste grave ataque, querem reduzir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e retirar outros direitos que estão na Convenção Coletiva. Sobre o índice de reajuste salarial, a proposta apresentada pela patronal não cobre nem a inflação.

A paralisação ocorreu após o impacto na categoria da greve dos caminhoneiros e também da greve dos petroleiros. O piso salarial no setor é muito baixo e a carestia do nível de vida e os preços dos combustíveis também afetam fortemente os operários da construção civil. Uma das reivindicações nesta campanha salarial além do reajuste no salário de 8% é o vale combustível.

A nova diretoria do sindicato eleita recentemente, União e Luta, que reúne companheiros e companheiras da Resistência/PSOL, do PCB e independentes, estão empenhados prioritariamente em construir um amplo e forte processo de mobilização na base da categoria mas reconhecemos os limites de caminhar sozinhos. A atual situação política do país, ainda que haja lutas importantes dos trabalhadores, é muito desfavorável para os trabalhadores. Por isso, a nova diretoria eleita compreende a necessidade de unir as lutas de outras categorias em curso. Na paralisação, além da central sindical CSP-Conlutas, estiveram presentes os rodoviários, que também estão em Campanha Salarial, a confecção feminina, gráficos, professores e os servidores municipais ligados à FETAMCE.

As paralisações seguirão, provavelmente unificando com o Dia Nacional de Luta dos Servidores Federais, 07 de junho, e se estenderão até a próxima assembleia geral da categoria, marcada para 14 de junho. Em todas nossas paralisações estamos debatendo com a base da categoria a necessidade de que as Centrais Sindicais convoquem um Dia nacional de Mobilização em defesa dos direitos dos trabalhadores, pelas liberdades democráticas e liberdade do Lula e pelo Fora Temer.

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