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BRASIL

Temer abre fogo contra funcionalismo público

27/09/2017- Brasília – DF, Brasil- Deputado André Moura (PSC/SE), líder do governo no Congresso, Robinson Faria, Governador do Estado do Rio Grande do Norte, Pastor Everaldo, presidente do PSC e produtores de sal do Estado do Rio Grande do Norte. Foto: Marcos Corrêa/PR

Por: Gibran Jordão*, do Rio de Janeiro, RJ
*Coordenador Geral da Fasubra e da Executiva Nacional da CSP-Conlutas

O ajuste fiscal e as reformas do governo Temer têm por objetivo diminuir o custo da mão de obra e direcionar os recursos do orçamento público para atender os interesses econômicos do capital. No marco de uma grave crise econômica, o grande capital quer impor mais sacrifícios aos trabalhadores.

Mesmo com baixíssima popularidade, o governo golpista tem encontrado força no Congresso Nacional para avançar com ataques sobre o funcionalismo e a classe trabalhadora em geral. Isso acontece por que, embora tenham disputas entre as frações da burguesia, em relação ao ajuste e as reformas há um grande acordo.

Nesse segundo semestre, como parte da implementação dos planos de austeridade, tanto o governo, como da sua base aliada no Congresso, resolveram abrir fogo contra os direitos e conquistas dos trabalhadores do funcionalismo.

O governo, além de ignorar qualquer negociação com os sindicatos do funcionalismo, unilateralmente já está implementando o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e anunciou um pacote de maldades que visa reestruturar carreiras e aumentar a contribuição previdenciária de 11% para 14%. Sem falar que o ministro da fazenda Henrique Meirelles está anunciando para a grande mídia que o governo vai votar a Reforma da Previdência ainda esse ano.

Nessa semana, a base aliada de Temer aprovou, na Comissão de Constituição e Justiça no Congresso Nacional, um projeto que ataca a estabilidade dos servidores públicos na esfera federal, estadual e municipal.

Notem que a artilharia contra o funcionalismo é pesada e vai destruir direitos históricos do funcionalismo. Essa situação de ofensiva contra os trabalhadores exige uma postura das direções do movimento que tenha o objetivo de organizar uma ampla e unificada resistência.

Calendário de lutas do funcionalismo
O FONASEFE aprovou um calendário de lutas que todos os sindicatos do funcionalismo precisam abraçar e mobilizar pela base.

O 19 de outubro será dia de mobilização nacional em defesa da educação pública e no dia 27 de outubro será o dia nacional em defesa dos serviços públicos com manifestações e paralisações.

Todo esse calendário precisa estar a serviço de uma greve de todo funcionalismo contra Temer e seu pacote de maldades. A Fasubra já deliberou indicativo de greve para o final de outubro, mas essa iniciativa precisa ser articulada por todas as entidades do funcionalismo.

10 de novembro, dia nacional de lutas, manifestações e paralisações
A plenária nacional dos trabalhadores do setor metalúrgico, com a participação de várias centrais, apontou o dia 10 de novembro como um dia nacional de lutas contra a reforma trabalhista e os ataques do governo Temer.

Outras categorias estão aderindo a esse calendário e devemos fortalecer essa data com o objetivo de recompor a unidade entre as centrais e os movimentos sociais, rumo à construção de uma nova greve geral no país.

As centrais sindicais majoritárias têm uma responsabilidade muito importante nesse momento decisivo da luta de classes e qualquer recuo no enfrentamento poderá nos custar muito caro.

Foto: Marcos Corrêa/PR