Hoje, 5 de outubro, 15 travestis foram detidas na Praça da República, São Paulo, capital, e enviadas ao 3º DP. A acusação é que elas estariam fazendo programa supostamente em uma área escolar. A desculpa evidentemente esfarrapada mostra que a polícia está intensificando sua cotidiana perseguição às travestis.
A praça da República é muito conhecida por lá circularem travestis que estão na prostituição. Estatísticas mostram que a maioria das travestis, após sofrerem todo tipo de violência em suas próprias casas, nas escolas, nas ruas e também ao procurar um emprego, acabam buscando sua forma de sobrevivência na prostituição.
Costumeiramente, as travestis são criminalizadas e passam por várias formas de violência por parte da polícia, seja psicológica, física ou sexual. O Estado, em vez de criar programas eficientes para garantir empregos no mercado de trabalho formal a essas travestis, trata prostituição como caso de polícia, apesar da lei brasileira não criminalizar a prostituição.
É preciso criminalizar a transfobia e toda forma de LGBTfobia, punir os agressores, garantir programas de qualificação e inserção do mercado de trabalho para pessoas trans. Também é necessária uma segurança pública que não violente as pessoas trans e que deixe as mulheres e travestis na prostituição exercerem em paz as suas atividades.
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