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EDITORIAL

Catalunha: A independência, no plenário do parlamento na próxima segunda

Por Redação El Salto

A crise aumenta: Juntos pelo sim(JxSii) e CUP convocam um plenário extraordinário e a Audiência Nacional( Tribunal espanhol) chama a depor Trapero( Chefe da Polícia da Catalunha “Los mossos”) por “motim”.

A crise se acelera, especialmente após o discurso do rei da noite passada, uma declaração que foi fortemente criticada pelas forças nacionalistas, Unidos Podemos e os Comunes( Barcelona en comun). A junta de porta-vozes e a mesa do parlamento, onde Juntos por Sim e a CUP tem a maioria, convocou “um plenário especial extraordinária” sobre a independência para a próxima segunda.

A reunião abordará apenas duas questões, como aponta a proposta: por um lado, os resultados do referendo serão apresentados e, por outro lado, será considerada a aplicação do artigo 4º da Lei de Referendo. “O Parlamento da Catalunha, no prazo de dois dias após a proclamação dos resultados oficiais do Tribunal Eleitoral, realizará uma sessão regular para efetuar a declaração formal da independência da Catalunha, para especificar seus efeitos e para iniciar o processo constituinte” .

Embora a Mesa não tenha esclarecido se uma declaração sobre a independência ocorrerá, Puigdemont já adiantou ontem perante a BBC britânica que seu governo proclamará a independência “em questão de dias”. A CUP declarou, por sua vez, que “o plenário de segunda-feira é para proclamar a República Catalã independente”.

Está previsto que a junta se reúna durante todo o dia para decidir se acontecerá a sessão plenária na Câmara Catalã. Às 13h10, JxSí e CUP registraram a petição para o presidente da Generalitat Carles Puigdemont, para comparecer no plenário do Parlamento.

Trapero, chamado para depor na Audiência Nacional( tribunal espanhol)

A Audiência Nacional também colocou seu grão de areia para elevar o tom do confronto na crise catalã. A juíza Carmen Lamela citou o Chefe da Polícia da Catalunha – Mossos d’Esquadra, Josep Lluís Trapero, para aparecer nesta sexta-feira na qualidade de investigado por um crime de “motim”.

Lamela lhe tem citado no caso em que investigam “os acontecimentos ocorridos nos dias 20 e 21 de setembro na Catalunha, em relação às concentrações e demonstrações realizadas para prevenir, por força, às ações das autoridades e seus agentes no exercício de suas funções “, de acordo com o CGPJ.

Além disso, a magistrada também convocou a depor a chefe da Polícia da Catalunha –  “Mossos” Teresa Laplana e os presidentes das entidades Òmnium Cultural e ANC, Jordi Cuixart e Jordi Sánchez.

A juíza admitiu a denúncia do Ministério Público em 27 de setembro passado, afirmando que “a conduta dos manifestantes poderia enquadrar-se no artigo 544 do Código Penal que sanciona a “alzamiento tumultuario” (motim ou rebelião), dirigido a prevenir pela força ou fora dos canais legais a aplicação das leis ou de qualquer das pessoas que se relacionam no exercício das suas funções ou o cumprimento de seus acordos ou das resoluções administrativas ou judiciais “.