Por: Pedro Silveira, professor da rede de ensino de Porto Alegre
Os servidores municipais de Porto Alegre, em assembleia realizada dia 29 de setembro, definiram entrar em greve a partir do dia 05 de outubro. Após nove meses da administração de Nelson Marchezan Jr (PSDB/PP), a situação ficou insustentável, o governo vem sistematicamente atacando os serviços públicos municipais.
Aconteceram fechamentos de secretarias, reorganização das escolas, falta de RH, incentivo ao assédio moral das chefias, corte de ponto nos dias de mobilização, parcelamento de salário e diminuição de recursos. Como se não bastasse, a Prefeitura se recusa a sentar e negociar a data base com a categoria, assim como enviou para Câmara de Vereadores um pacote que ataca diretamente a carreira dos servidores.
Na assembleia do dia 29, que ocorreu no Largo Zumbi dos Palmares, os municipários compareceram de forma massiva, mais de duas pessoas. Após muitas avaliações e debate, a única saída construída foi deflagrar greve. Respeitando o tempo de comunicação para a população, a mesma irá iniciar dia 5 de outubro. É consenso na categoria que o momento é o pior já passado, nunca um governo tinha parcelado os salários e, com os ataques ao plano de carreira, servidores podem perder 50% do salário.
Os servidores já marcam nova assembleia para o dia 10 de outubro para avaliar o movimento. O momento é de uma grande greve que permita conversar com a população e pressionar o governo a não destruir os serviços públicos.
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