Por Josy Quemel, de Belém, PA
Em assembléia realizada hoje, trabalhadores da educação do Pará decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 14 de setembro. A decisão da categoria foi uma resposta ao governador Simão Jatene/PSDB que desde 2016 não garante o pagamento do valor do piso aos trabalhadores e ainda deve parcelas de anos anteriores.
O governador desde o primeiro semestre vem usando a falta de dinheiro por conta da crise econômica como justificativa para desrespeitar a categoria e burlar a lei do piso, justificativa essa que foi rejeitada até pelo judiciário do Pará que reconheceu procedente a ação do Sindicato que entrou com uma ação exigindo o pagamento imediato de acordo com que diz a lei.
Apesar de ter sido o não pagamento do piso o motivo principal para a deflagração da greve, outros ataques à categoria também tornaram-se elementos importantes, entre eles está a ordem da secretaria de educação de reduzir o número de funcionários nas escolas, o assédio moral, a violência, a infraestrutura precária de várias escolas na capital e no interior, a aplicação de Processos seletivos para contrato de profissionais ao invés da realização de concurso público e a implementação de projetos que precarizam ainda mais a educação no Estado que já é com base no IDEB uma das piores do país.
A escolha de iniciar a greve no dia 14/09 foi aprovada por unanimidade e está relacionado a necessidade de garantir até o dia 13 um forte calendário de mobilização junto aos estudantes e comunidade escolar em geral, para que juntos possamos derrotar esse governo e sua política de ataques ao povo trabalhador do Pará.
O início da greve no dia 14/09 representa também um NÃO dos trabalhadores da educação do Pará ao governo Temer e sua política de ataques ao conjunto da classe trabalhadora através da reforma da previdência e os cortes na educação e em várias áreas sociais através da Lei de Diretriz Orçamentária/LDO votada para 2018, onde Temer já inicia aplicação da emenda constitucional 95. Assim como os operários de São José dos Campos/SP e os servidores federais que estão organizando manifestações por todo o Brasil, os trabalhadores da educação do Pará vão se somar a esta luta, pois a unidade para derrotar Temer e Jatene precisa ser fortalecida.
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