Por: Gibran Jordão, do Rio de Janeiro
O Capitão da polícia militar que atingiu covardemente com um cacetete o estudante Mateus Ferreira na manifestação da greve geral em Goiânia recebeu solidariedade da cúpula da policia militar. O estudante sofreu traumatismo craniano e se encontra em estado grave.
Cerca de 150 militares estiveram presentes no Clube dos Oficiais da Policia Militar e Corpo de Bombeiros. Entre eles marcaram presença o chefe do estado maior da PM, o Coronel Silvio Vasconcelos e o Vice Presidente da OAB-GO, Thales Jaime.
O presidente da Associação dos Oficiais da Policia Militar e Bombeiros (Assof/Go), Tenente Coronel Alessandri da Rocha deu a seguinte declaração a imprensa:
“A agressão poderia ter sido evitada se tivéssemos uma manifestação pacifica, se não tivesse vândalos ali. Vândalos não, vou além, terroristas.”
A alta cúpula da Policia Militar de Goiás se reúne não para fazer uma autocrítica, anunciar mudanças no modus operandi da PM, punição ao agressor e oferecer ajuda aos familiares de Mateus. Ao contrario, se reúne para prestar apoio ao capitão que tentou assassinar um estudante desarmado que exercia um direito democrático de se manifestar.
A entrevista do Tenente Coronel Adriani é uma declaração de guerra ao movimento que luta contra o ajuste fiscal e as reformas de Temer.
Mais do que nunca a continuidade da luta contra as reformas precisa ser carregada de denúncias contra a violência policial do estado. O grande capital está disposto a ir até as ultimas consequências para aprofundar o patamar de exploração sobre os trabalhadores de todo país. Assim, quanto maior for a nossa resistência, maior será a repressão
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