Da Redação, de São José dos Campos, SP
Pelo menos três grandes fábricas do setor metalúrgico de São José dos Campos e Jacareí decidiram liberar os trabalhadores neste dia 28 de abril, data para qual está marcada a greve geral. A montadora de veículos General Motors, GM, que já havia anunciado na semana passada que iria dispensar os trabalhadores, foi seguida pela fábrica de aviões Embraer, pela fábrica do setor de defesa que produz caminhões e misseis de combate Avibras, e pela fábrica de materiais de aço inoxidável ARMCO. As quatro empresas somadas empregam cerca de 20 mil trabalhadores.
Elas não querem, com essa postura, ajudar os trabalhadores em suas reivindicações, pelo contrário, estão satisfeitas com o governo, com a terceirização e o fim dos direitos trabalhistas. Querem é tentar desmobilizar a luta e organização dos trabalhadores. Como sabem que não conseguiriam enfrentar a força que ganhou o movimento de paralisação, decidiram pela liberação do ponto neste dia.
Com isso, os trabalhadores dessas fábricas podem ver a força que possuem quando estão unidos em um mesmo propósito. Devem, também, participar das atividades que vão ocorrer amanhã (28) durante todo o dia e somar esforços para ampliar a greve.
Nesta sexta-feira (28), a paralisação terá grande alcance em São José dos Campos, Jacareí e em toda região do Vale do Paraíba.
A greve é geral – Confira os atos do dia 28 de abril na região
SJC – Praça Afonso Pena, às 10h
Jacareí – Praça Conde Frontin, às 10h
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“Ao andar pela fábrica, em diversas áreas as pessoas dizem que ‘tinha que parar mesmo’. Acontece que a Embraer vem fazendo uma profunda reestruturação que está prejudicando muito os trabalhadores. Mandou parte da produção para outros países como os EUA e Portugal e abriu um PDV no Brasil que envolveu mais de 1600 pessoas. Além disso, foi pega em escândalo internacional de corrupção, que lhe custou U$200 milhões e uma profunda desmoralização diante de todos. Todas essas questões, junto à forte indignação com os ataques do governo, fez com que a preparação para a greve geral viesse a todo vapor. A Embraer se viu contra a parede, sentindo que os trabalhadores estavam apoiando a greve, e que esta seria muito forte, impulsionando a resistência contra qualquer tipo de ataque”, comentou a diretora do SindMetal SJC Marina Sassi.
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