Da Redação
Nesta quarta-feira, 29, foi realizada a convenção da chapa de mudança que disputará as eleições do Sindipetro-RJ, de 26 a 28 de abril. Reunindo ativistas petroleiros de distintos coletivos e matizes ideológicas, a chapa reivindica a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e quer devolver o sindicato ao controle da categoria, a fim de reposicionar petroleiros e petroleiros na linha de frente das manifestações contra Temer, a reforma da previdência, as terceirizações e a privatização da Petrobras. A reunião contou com cerca de 80 presentes, entre membros da chapa, colegas de categorias e sindicalistas de outras categorias solidários à causa.
Ao Esquerda Online, a geóloga Patricia Laier declarou que “esta será uma chapa em defesa da Petrobras e em luta contra a privatização disfarçada através da venda de ativos da empresa. O governo diz que a descoberta do pré-sal foi um ‘golpe de sorte’, mas por ter trabalhado desde o planejamento relacionado áquelas reservas, sei muito bem que, na verdade, a descoberta do pré-sal foi resultado de uma aposta em um modelo de conhecimento geológico que está hoje ameaçado pelas intenções das multinacionais do setor.”
Gustavo Marun, membro da chapa e da Unidade Classista, disse que “essa chapa pretende quebrar um paradigma, ao manter a inspiração dos mecanismos tradicionais de luta da classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que visa a incorporar novas formas, que resultem na mobilização de novos ativistas com vistas a resgatar a combatividade do Sindipetro-RJ”.
O técnico de informática Eduardo Henrique considera, por sua vez, que “essa é uma luta por reconectar o sindicato à base, de forma a politizar a ação da categoria sem que isso signifique aparalhamento ou um sindicato a serviço de projetos eleitorais. É o compromisso com a participação dos petroleiros do Rio na luta pelo Fora Temer e em defesa da Petrobras e da previdência social”.
Finalmente, Natália Russo, técnico-administrativa no edifício Senado, destaca “a renovada participação de mulheres petroleiras na chapa, oportunidade nova de combate ao machismo na empresa e na sociedade. Afinal, esse é um debate fundamental para que as petroleiras estejam na linha de frente da construção da greve geral, anunciada para o próximo dia 28”.
O Esquerda Online, até o fim da eleição, acompanhará as atividades de campanha e trará informações direto do processo eleitoral do Sindipetro-RJ.
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