Pular para o conteúdo

Rio de Janeiro amanhece com protestos contra Reforma da Previdência

Da Redação

Como em várias cidades do Brasil, no Rio de Janeiro esta quarta-feira (15) amanheceu com paralisação de categorias e protestos em pontos descentralizados do estado. Petroleiros, trabalhadores dos Correios, educadores, estudantes, servidores, portuários, aeroviários, entre outros setores, organizaram intervenções.

“Em todo o país, o bom dia foi ocupando as ruas e praças contra a Reforma da Previdência e pelo Fora Temer. Aqui no Rio não vai ser diferente. Não vamos deixar passar nenhum retrocesso”, argumentou a trabalhadora da saúde da direção da CSP-Conlutas Rio de Janeiro, Cintia Teixeira.

De acordo com Cintia, a manifestação unitária programada para acontecer na Candelária, às 16h, foi convocada por nove centrais sindicais e diversos movimentos. “Essa unidade foi fundamental para garantirmos o que promete ser um grande ato no Rio de Janeiro”. Também convocam a manifestação a Frente Brasil Popular, Frente de Esquerda Socialista e a Povo Sem Medo, que organizou a Plenária Dos Excluídos pela Crise, como forma de fortalecer um polo de trabalhadores no ato do dia 15.

Uma das primeiras manifestações do estado aconteceram em bases operárias. Na cidade de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, a BR foi fechada com protesto dos petroleiros da Bacia de Campos, responsável por quase 80% da produção de petróleo nacional.

Em Duque de Caxias, na refinaria Reduc, houve atraso de turno também como parte das manifestações. 

Na Ponte Rio-Niterói, por onde circula grande parte de veículos pela manhã, houve bloqueio em uma das faixas. A ação foi organizada por trabalhadores do movimento SOS Emprego, do qual participam, entre outros, operários demitidos das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí, o Comperj. Estes trabalhadores ainda não receberam os direitos rescisórios, enquanto responsáveis pelas obras no Complexo estão envolvidos em escândalos de corrupção.

Na subida da ponte, trabalhadores Portuários também bloquearam a pista pela manhã.

Na educação, a paralisação também é forte. Nas universidades, diversos setores prometeram paralisar, como os servidores federais. Além das escolas municipais, o movimento atingiu até as escolas particulares. Ao todo, 40 estão paralisadas.

A saúde estadual se encontra em greve e a saúde Federal realizou protesto no HSE. Também houve protesto de aeroviários no aeroporto Santos Dumond, organizado pelo sindicato e pela Unidade Classista.

Já os rodoviários estão organizando ações que acontecerão durante toda a quarta-feira (15), com paralisações ao longo do dia. Em alguns bairros, moradores já denunciam não ver circulação de ônibus.

“O calendário das categorias hoje é extenso”, completou Cintia.  Às 16h acontece o ato unitário na Candelária. Entre as reivindicações estão a oposição ao projeto de Reforma da Previdência proposto por Michel Temer (PMDB) e por nenhum direito a menos, além do “Fora Temer” e “Fora Pezão”. Pautas estaduais, como a negativa ao Pacote de Maldades do Pezão e à Privatização da Cedae também devem aparecer no protesto.

Imagens

Trabalhadores do movimento SOS Emprego bloqueiam uma das faixas na descida da Ponte Rio-Niterói, em manifestação contra a Reforma da Previdência.

17350927_1270073619737001_1987863350_n (1)

Portuários pararam a subida da ponte Rio-Niterói

WhatsApp Image 2017-03-15 at 08.37.44

WhatsApp Image 2017-03-15 at 08.38.13

Paralisação de Trabalhadores dos Correios

06c9d4da-15a0-43d7-82a8-23ba5398f340

ca64f2d3-bfa5-44bf-a978-6a7030bc7269