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OPRESSÕES

O 8 de Março em São Paulo colocou milhares de mulheres nas ruas!

Por Luísa D’Avola, de São Paulo, SP

Hoje, aconteceu o 8 de Março em São Paulo, que reuniu 20 mil ativistas em torno do mote: “Previdência fica e Temer sai! Paramos todas pela vida das mulheres!”.

O ato concentrou na Praça da Sé e seguiu trajeto pela rua Brigadeiro Luiz Antônio, onde unificou com o ato da paralisação dos professores municipais e estaduais e encerrou em frente da prefeitura de São Paulo.

Além da manifestação unificada da Praça da Sé, que juntou milhares de lutadoras, houve diversos atos do 8M, como uma concentração em conjunto com a assembleia de professores estaduais na Avenida Paulista, e outros atos na zona sul da cidade (8M na Quebrada) e em Guaianases, este último organizado pelas companheiras do coletivo Ana Montenegro.

O chamado internacional para a construção do 8M mobilizou as mulheres no mundo todo. No Brasil, para se somar ao chamado mundial, fomos às ruas contra a Reforma da Previdência. Esse ataque do governo Temer irá atingir diretamente as mulheres, pois vai igualar a idade mínima para aposentadoria, ignorando a dupla e a tripla jornada de trabalho.

A luta das mulheres foi capaz de reunir as mais diversas organizações políticas e milhares de ativistas independentes. Além das bandeiras históricas do movimento de mulheres contra o feminicídio e por mais direitos, em São Paulo, as mulheres também marcharam contra o prefeito higienista João Dória, do PSDB.

Na capital paulista, tivemos outra grande vitória, pois foi formada uma Frente Feminista de Esquerda. Um processo construído a partir dos vários coletivos, organizações e ativistas independentes que, para além do 8 Março, pretende ser um polo de reorganização do feminismo de esquerda na cidade de São Paulo.

A luta unificada das mulheres mostrou que os grandes enfrentamentos no Brasil e no mundo, hoje, passam pela força feminina. Das curdas às argentinas, das norte-americanas às brasileiras, existe uma inspiração para a organização e unidade, necessária para enfrentar esses tempos de ataques globais que o neoliberalismo nos impõem.

As mulheres mostram as possibilidades de novos tempos!

 

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8 de março / sao paulo