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BRASIL

Dória quer fechar farmácias da rede pública

Por: Raquel Reis, de São Paulo, SP

Em entrevista, o secretário da saúde da cidade de São Paulo, Dr. Wilson Pollara, e o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), declararam que a distribuição de medicamente deve ser feita através da rede comercial privada porque, segundo eles, a distribuição nos postos de saúde “não funciona”.

O prefeito e o secretário querem acabar com o fornecimento nas Unidade Básica de Saúde (UBS) e nas unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs). Segundo dados da Prefeitura, existem cerca de 116 AMAs e 66 UBS espalhadas pelas cidade de São Paulo. Milhares de pessoas são atendidas semanalmente pelo SUS, ainda mais agora com o crescimento do desemprego, que fez com que milhões de pessoas no país perdessem o acesso a planos de saúde privados.

Na capital paulista, um dos principais dramas da população é a falta de medicamentos. Dória justifica a medida dizendo que “existe uma farmácia a cada esquina” e que isso não prejudicará os moradores das periferias. Contudo, segundo o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sinfar – SP), nos bairros periféricos, em geral existem pequenas farmácias, enquanto que as grandes redes se concentram em bairros centrais. O problema principal hoje na cidade é que os laboratórios que ganham as licitações demoram para entregar os medicamentos nos postos de saúde.

Assim como as bibliotecas municipais, mais uma vez, Dória quer passar a gestão pública para o setor privado, ao invés de investir em mais postos de saúde com farmácias e nos profissionais de saúde.

Foto: Modelo de farmácia do SUS, como as de São Paulo, que podem ser extintas por Dória