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EDITORIAL

Manifestações que podem ter atingido milhões marcam o início da gestão Trump

Por Gleice Barros, São Paulo, SP

 

Agora é oficial. Donald Trump é presidente dos EUA. Na cerimônia de posse, que ocorreu na última sexta-feira (20), Trump fez o protocolar juramento de presidente e fez seu primeiro discurso como tal. Não fugiu muito da linha que vinha falando desde a campanha ano passado.

Na cerimônia de posse, estavam presentes cerca de 900 mil pessoas (estimativas da policia), número diferente da posse do ex-presidente Barack Obama em 2009, cerca de 1,8 milhão.

 

Os americanos vão para às ruas

 

Trump fez sua fala em meio à falta de consenso no país. Isso muito analistas vem dizendo desde o resultado das eleições. Desde de ontem isso ficou muito claro. Enquanto Trump proferia que a partir de agora o governo estaria de volta às mãos do povo, parte deste mesmo povo estava nas ruas das principais cidades americanas em protestos e marchas contra o novo governo. Neste sábado, o jornal The New York Times falou em atos nas cidades de Nova Iorque, Boston, Atlanta, Denver, Los Angeles, Chicago e Washington. Nesta última, a estimativa do The Guardian era de 500 mil pessoas, na maioria mulheres. Uma extraordinária mobilização de todos os lugares do país tomou o tradicional palco das grandes mobilizações na história americana em Washington. Todos estes atos foram convocados pela Womens Watch contra o novo presidente que deixou muito claro em toda sua campanha sua postura misógina e racista.

 

No mundo

 

Além dos atos dentro dos EUA, houveram atos também pelo mundo. No Reino Unido a estimativa é de cerca de 80 mil pessoas nas ruas de cidades como Londres, Belfast e Liverpool. Houveram atos também em Berlim, Roma, Paris, Viena. No Brasil, o ato aconteceu no dia da posse em São Paulo. A estimativa inicial é a de que alguns milhões de pessoas estão se manifestando em todo mundo em defesa dos direitos das mulheres, dos trabalhadores, das negras e negros, LGBT´s e imigrantes e seus descendentes.