A crise da Universidade Estadual do Rio de Janeiro é um dos símbolos da humilhação que o povo carioca vem passando no último período.
Servidores Públicos sem salários, recebendo cestas básicas para passar o natal e serviços públicos paralisados. Até o grandioso estádio Maracanã está às moscas sem poder receber jogos, pois o gramado secou, os extintores foram saqueados e suas dependências estão tomadas por ratos e outros bichos por falta de manutenção e limpeza.
A UERJ tem um histórico honrado na produção acadêmica, formou nomes como os Ministros do STF Luiz Fux e Luiz Roberto Barroso e milhares de cientistas e profissionais. É uma das mais conceituadas universidades do país.
Mas, lamentavelmente em carta endereçada ao governador Luiz Fernando Pezão no dia 06 de dezembro, o conselho universitário da UERJ comunicou às autoridades e à população que “as suas atividades ficarão impossibilitadas nas diversas unidades acadêmico-formativas e administrativas”, devido à falta de pagamento, desde novembro, dos salários, bolsas e verbas de custeio.
Nessa quinta-feira (12), a comunidade universitária da UERJ em conjunto com ex-alunos fez um ato em defesa da universidade que foi muito importante para denunciar a escandalosa situação no qual a universidade poderá fechar suas portas em breve.
Nessa mesma semana o ministro da Fazenda Henrique Meireles, em nome do governo federal costura um acordo com o governador Pezão no qual exige privatizações e aumento da contribuição previdenciária dos servidores do estado, para que o governo federal dê um socorro para a crise fiscal que atravessa o Rio.
É incrível. Os mesmos que criaram a crise agora para tirar o estado do Rio de Janeiro do pesadelo, propõem mais sacrifícios aos servidores que já estão sendo humilhados em rede nacional.
Essa é a forma de governar do PMDB que dirige o governo federal e também o estado do Rio de Janeiro. Estes devem ser lembrados para sempre como os responsáveis por todo o sofrimento que o povo carioca está passando neste momento.
Não há outro caminho, se não, organizarmos a luta com ações unitárias e radicalizadas com o objetivo de colocar para fora Pezão e Temer, derrotar a política de ajuste fiscal de Meireles, suspender o pagamento da dívida do estado com os bancos e restabelecer imediatamente os salários e o funcionamento dos serviços públicos para atender a população.
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