Por: Altemir Cozer, de Porto Alegre, RS
Nesta segunda-feira (19), semana que antecede o Natal, os servidores do Estado do Rio Grande do Sul encontraram na Praça da Matriz, em Porto Alegre, um forte aparato de repressão. Mais uma vez o governador José Ivo Sartori (PMDB) precisou sitiar o Palácio do Governo e a Assembleia Legislativa para votar o pacote de 40 medidas.
Durante toda a tarde de segunda, os servidores tentaram chegar perto do plenário da votação, mas foram recebidos com muita violência. Foram quatro saraivadas de bombas de gás lacrimogênio em cada ofensiva do movimento de resistência. A quinta tentativa foi a mais violenta. Após muita bomba e perseguição da cavalaria, a praça se recompôs.
A versão gaúcha não é nada diferente da versão carioca, ou goiana de ataque aos direitos dos servidores estaduais e de um violento plano de privatizações e retrocessos.
Com o apoio das entidades patronais, do MBL e de vários partidos liberais, os projetos levarão à demissão de milhares de servidores, à privatização de várias estatais, à legalização do atraso de salários e do décimo terceiro, bem como à perda de dezenas de direitos dos servidores.
Os debates dentro da Assembleia Legislativa foram bastante acalorados, porém viciados, pois os deputados do PT, que fazem oposição e votarão contra o pacote, quando de seus governos tentaram e até conseguiram votar em projetos que também atacavam os direitos.
Da praça, das ruas e do parlamento pode e deve surgir uma alternativa de direção para os trabalhadores gaúchos e também dos servidores estaduais. A CSP-Conlutas esteve presente com a delegação da oposição do CPERS e da base do SINDICAIXA, somando-se aos servidores da CEEE – Companhia Estadual de Energia Elétrica, aos funcionários da SUSEPE e da Polícia Civil.
Dentro do parlamento, Pedro Ruas (PSOL), foi quem nos representou de forma mais coerente e com mais representatividade.
A luta segue nesta terça-feira (20) e nos demais dias da semana, com o objetivo de derrotar o pacote do Sartori. É preciso muita unidade na luta e na campanha de denúncias das maldades que serão aprovadas. Teremos mais dois anos de governo Sartori e eles irão tentar atacar ainda mais.
Comentários