Por: Sonia Conti, de São Bernardo do Campo, SP
Museu do Trabalhador na mira da Polícia Federal
Devido a irregularidades em obras do Museu do Trabalhador em São Bernardo do Campo, a Polícia Federal levou, na manhã desta terça-feira (13), o vereador José Cloves, ex-secretário de obras (PT), para depor coercitivamente na sede da PF (Polícia Federal) em São Paulo. José Cloves está na lista da PF da Operação Hefesta, que investiga irregularidades na construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador. Por volta das 12h, ele foi liberado.
A Operação Hefesta deflagrou oito mandados de prisão preventiva, entre eles a do secretário Alfredo Buso (Obras), Osvaldo de Oliveira Neto (Cultura) e Sérgio Buster (adjunto de Obras), oito de condução coercitiva e de buscas e apreensões. Segundo a PF, o desvio na obra do Museu do Trabalho e do Trabalhador pode chegar a R$ 13 milhões.
A investigação aponta desvios de projetos da lei Rouanet e convênios do Ministério da Cultura com a Prefeitura de São Bernardo.
O Museu do Trabalho e do Trabalhadores seria uma homenagem da prefeitura de Luiz Marinho ao ex-presidente Lula.
CPI do Imasf pede prisão de Valdir Miraglia
Ex-superintendente do instituto, Valdir Miraglia está sobre suspeita do desvio de R$ 100 milhões da saúde dos servidores. Nesta segunda-feira (12), a CPI do Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo (Imasf), aprovou relatório que pediu a prisão preventiva de Valdir Miraglia.
Valdir assumiu o Imasf tendo em caixa R$ 60 milhões. Quatro anos depois, registrou déficit de R$ 8,6 milhões.
O instituto gerencia 20 mil servidores e há anos o funcionalismo vê cair a qualidade do atendimento. Mesmo com aumentos nos valores de suas mensalidades, faltam médicos, hospitais, especialistas, entre outros.
O conselho do Imasf, com nomes ligados à oposição ao governo de Luiz Marinho (PT), que tomou posse em fevereiro deste ano, vem acompanhando e denunciando as irregularidades no instituto. A má gestão foi a responsável pelo
descredenciamento de hospitais e recebeu fortes críticas de usuários do plano.
Se aceitas as denúncias, o relatório será encaminhado ao prefeito, ao conselho de saúde, à promotoria de SBC, ao Ministério Público, ao Ministério da Saúde, ao TCE, ao TCU, à Procuradoria Geral da República e ao GAECO.
Eleições Sindserv
No dia 8 de dezembro ocorreu a quarta eleição para o sindicato do funcionalismo em SBC. O sindicato, comandado pela CUT, foi responsável pelo cancelamento de três eleições anteriores, por suspeita de fraudes por parte da chapa da situação.
Na primeira eleição, a vitória da chapa dois foi reconhecida pelo presidente do Sindserv à época, mas dias após, por uma manobra suspeita da chapa 1, a eleição foi cancelada.
Na segunda eleição, houve sumiço de urna dentro do local de apuração. Na terceira, mesmo mediada pelo MP, houve utilização de RGs fraudulentos, o que levou ao seu cancelamento. Na quarta eleição, em que a Chapa 1 venceu por uma diferença de 131 votos, acreditamos que a vitória se deve ao formato da eleição e ao roteiro escolhido para colocação das urnas em locais de difícil acesso para os funcionários da ativa, já que não houve liberação do funcionalismo para votar.
Final da eleição que envolveu 1.351 votantes de um total de quase 6.000 sindicalizados
Chapa 1: 732 votos
Chapa 2: 619 votos
Acreditamos que a luta não acabou, independente do resultado. Cabe a cada funcionário fiscalizar, acompanhar e participar do sindicato para construirmos os próximos passos.
Foto: Wikimedia Commons
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