Por: Vitor Santos, de Florianópolis, SC
Ocupados desde o dia 8 de novembro, os alunos do Colégio de Aplicação da UFSC estão dando um exemplo de como tocar as lutas e massificar os processos.
O quadro, um tanto desanimador, de poucas pessoas trafegando pelo espaço do bloco D (onde ocorre a ocupação) não passou do primeiro dia de atividades. Após as mudanças climáticas, mudaram também os ânimos no colégio, que recebe uma quantidade expressiva de alunos em todas as atividades propostas. São oficinas das mais variadas, que englobam artes, matemática, música e muita discussão política sobre sociedade, PEC 55/2016 e a Reforma do Ensino Médio.
Assim, os estudantes ressignificam as formas de aprendizado, compartilhando conhecimentos de forma muito mais coletiva e criativa, combatendo mais uma vez a proposta tecnicista de educação que o governo Temer quer levar a cabo.
Ontem (16), foi realizado um importante ato de união entre diversos segmentos que envolvem a escola. Atentos a uma possível mobilização de um grupo minoritário de pais contrários à ocupação e que estavam articulando a realização de uma manifestação, um grupo de pais, professores, técnicos e alunos se reuniram em solidariedade e deram um grande abraço no CA-UFSC.
Em um dia muito turbulento nas ocupações de Florianópolis, onde o Movimento Brasil Livre continuou a ofensiva para deslegitimar os movimentos sociais e um professor, ex-diretor de centro e pró-reitor chegou a agredir alunos, presenciar um ato como esse renova as energias. Sabemos que o caminho não será fácil. Mas, para derrotar o projeto conservador que está sendo posto em curso, devemos nos unir a todos os setores da sociedade que estão dispostos a cerrar fileiras conosco.
Foto: Página Ocupa CA-UFSC
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