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MOVIMENTO

UFPA: Campus Belém é ocupado

Por: Gizelle Freitas*, de Belém, PA

Nesse dia 7 de novembro, a UFPA campus Belém entrou no circuito de ocupação das universidades federais. No Pará são seis campi ocupados.

Após dois dias de mobilização, aconteceu uma assembleia linda com cerca de 1500 estudantes, comprovando que o movimento que iniciou no Paraná de ocupação de escolas contra a Reforma do Ensino Médio se nacionalizou e tomou proporções gigantes, oxigenando o movimento estudantil, inclusive das universidades.

Na UFPA Belém, a aprovação da ocupação se deu pela ampla maioria presente, isso porque foi um processo consciente, construído, primeiramente, através de assembleias nos cursos que aprovaram também apoio à ocupação.

Infelizmente, assim como em algumas universidades, haviam grupos – as lideranças militantes de partidos da direita como PSDB e PSD – que tinham a pretensão de destruir o movimento. Era um grupo contra a ocupação intitulado UFPA Livre que argumentava ser contra a ocupação por que não queriam ficar sem aula. Estiveram presentes com um único objetivo: desmontar fisicamente com agressões a assembleia construída de forma legítima por diversos centros acadêmicos e pelo DCE.

Foram cenas lastimáveis de machismo, racismo, e de agressão física. Diversos companheiros e companheiras foram agredidos simplesmente porque o grupo UFPA Livre não aceitou perder a votação e tentou impedir a nossa entrada na reitoria.

Mas, ocupamos sim. Porque somos radicalmente contra uma PEC que vai penalizar mais ainda a vida da classe trabalhadora e da juventude. Somos radicalmente contra o governo Temer e seus aliados. Pasmem, estamos lutando agora para não permitir que nos tirem o pouco de direitos que temos. Não é uma luta para avançar em conquistas, é uma conjuntura difícil pra a classe trabalhadora. Mas, agora não tem arrego. Vamos parar esse país nos dias 11 e 25 de novembro.

#OcuparEResistir

*Mestranda em Serviço Social da UFPA