Por: Ademar Lourenço, de Brasília, DF
Representantes de entidades do serviço público aprovaram, nesta quarta-feira (14), em Brasília, um calendário de lutas contra o governo de Michel Temer (PMDB) e suas medidas. Serão feitas mobilizações nos dias 22 e 29 de setembro e o chamado para um dia de mobilização rumo à greve geral para a segunda quinzena de outubro.
O atual governo quer aprovar o Projeto de Lei 257 e a Proposta de Emenda Constitucional 241. Estas propostas comprometem a maior parte do orçamento público com dívidas, impedem a realização de concursos e determinam que o investimento com saúde e educação ão aumente por 20 anos.
“Deve haver uma greve unificada de todo o funcionalismo. Devemos ter uma data que unifique todas as centrais sindicais e todo conjunto da classe trabalhadora em uma greve geral”, disse Gibran Jordão, da Fasubra, entidade que representa os servidores das universidades federais.
Para o dia 29 de setembro está marcado um dia de greve geral de todos os metalúrgicos filiados a todas as centrais sindicais do país. Um dos principais motivos da greve é a proposta do governo de flexibilizar os direitos trabalhistas.
Estavam presentes na plenária as principais entidades que representam os servidores federais, estaduais e municipais, além das principais centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Representantes do movimento estudantil também participaram.
Unidade pelo Fora Temer
A reunião é parte da jornada de lutas dos servidores, que começou na segunda-feira (12). Na terça-feira (13) foi feita uma marcha de dez mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Durante três dias, foi montado um acampamento em Brasília. O ‘Fora Temer’ é a bandeira que unifica todos os que participaram.
“O governo Temer é fruto de uma manobra parlamentar e não da vontade do povo. Para derrubar este pacote de maldades os trabalhadores devem derrubar este governo”, disse Mariana Percia, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), durante a plenária dos servidores.
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