Por: Carol Coltro, de São Bernardo do Campo, SP
Teve início essa semana a terceira eleição do Sindicato dos Servidores de São Bernardo do Campo. Estava prevista para ocorrer nos dia 17 e 18 de agosto, mas após serem identificadas fraudes escandalosas no primeiro dia, o Ministério Público do Trabalho (MPT) cancelou a eleição.
A expectativa de todos era de que dessa vez a vontade da categoria pudesse prevalecer, já que o processo seria dessa vez conduzido pelo MPT com várias regras para evitar fraudes.
Parece, no entanto, que não há limites para os que abandonaram os princípios da luta dos trabalhadores atenderem somente a interesses próprios. Vários documentos de identidade (RGs) foram falsificados para que falsos eleitores pudessem votar em nome dos doentes, acamados ou aposentados que não residem em São Bernardo.
A fraude na terceira eleição foi constatada e confirmada pelo MPT e pela Polícia Militar. Constataram que os RGs originais eram de outras pessoas, enquanto eleitores verdadeiros afirmaram não estar em condições de votar.
O MPT, definido como árbitro do processo, cancelou a eleição e denunciou as fraudes.
O primeiro processo de eleição foi anulado pela própria comissão eleitoral, após a chapa da atual diretoria perder por 51 votos. A segunda foi anulada pela Justiça devido ao roubo de uma das urnas. Com a interrupção dessa semana, a luta da categoria pelo direito de decidir sobre a própria entidade mas uma vez segue.
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