Por: Miguel, do ABC, SP
Desde junho passado, os trabalhadores da Mercedes Benz do ABC Paulista estavam apreensivos com a iminência de 2000 demissões na fábrica. Isso por que a montadora havia anunciado intenção de não renovar o projeto aprovado no governo Dilma de redução da jornada e de salários (PPE), que garantia estabilidade aos trabalhadores até 04 de setembro.
Na última semana, com a iminência das demissões, os trabalhadores realizaram paralisações e protestos. Diante da disposição de luta, a empresa concedeu licença remunerada por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (15) para todos os trabalhadores da Mercedes. Claramente um lockout – paralisação patronal – para impedir mobilização.
Como era de se esperar, os trabalhadores começaram a receber as cartas de demissão desde segunda, o que gerou ainda mais revolta pelo total desrespeito da montadora.
A Mercedes foi a primeira empresa a solicitar ao governo adesão ao PPE. Mas, as demissões comprovam que entregar direitos e reduzir salários não garante os empregos, pois os patrões querem sempre mais. Outra vez os trabalhadores estão pagando a conta da crise que não criaram.
A única forma de garantir os empregos é com muita luta dos trabalhadores. O sindicato dos metalúrgicos está convocando uma assembleia com os trabalhadores da Mercedes para quarta-feira (17), às 10h. O #MAIS se solidariza à luta dos companheiros e se coloca à disposição para ajudar no que for necessário. É hora de unificar as lutas contra as demissões, que tomam conta de toda a categoria.
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