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MOVIMENTO

Semana começa com paralisação de operários da construção civil em Fortaleza

Reunidos em assembleia da campanha salarial na última quinta, 25, centenas de trabalhadores lotaram o sindicato para rechaçar a proposta apresentada pelos patrões que apenas repõe a inflação e propõe 7 reais de aumento da cesta básica

Por Bruno Rodrigues, de Fortaleza (CE)
Sindicato dos Trabalhadores na Indústia da Construção Civil de Fortaleza

Nesta segunda-feira, 29, os operários da construção civil de Fortaleza deram início a um processo de paralisações nos canteiros de obra e de realização passeatas pela cidade. Trata-se de uma reação importante diante da postura dos empresários do setor que, mesmo com a retomada econômica dos últimos meses, vêm recusando-se sistematicamente a conceder aumentos substanciais para a categoria.

Nestor Bezerra, militante da Resistência-PSOL e liderança sindical da categoria

Até aqui já foram sete rodadas de negociação em que pouco foi possível avançar nesse sentido. Por exemplo. Uma das reivindicações principais apresentadas aos empresários é o aumento do valor da cesta básica. Atualmente as empresas pagam uma cesta equivalente a R$200. A categoria reivindica aumento de R$50 no valor pago, de modo que a cesta passe a R$250. Contudo, nas mesas de negociação os empresários tiveram o cinismo de apresentar apenas R$ 7 reais de aumento. Proposta que a categoria recebeu como um insulto. Os valores propostos pelos patrões para reajuste nos salários também são insignificantes.

Assim, foi em clima de indignação que a categoria lotou a sede do sindicato, mesmo depois de uma extenuante jornada de trabalho, para decidir pela realização de paralisações como medida de pressão econômica sobre os empresários.

Depois da paralisação que ocorreu nesta segunda, 29, estão marcadas outras paralisações ainda para esta semana.

Campanha salarial e eleições sindicais

Em paralelo à campanha salarial, a direção do sindicato vem percorrendo os canteiros de obras espalhados pela cidade para falar aos trabalhadores sobre as eleições do sindicato. A atual diretoria, União e Luta (Resistência-PSOL/Travessia e PCB/Unidade Classista), lançou-se à reeleição e vem recebendo forte apoio da categoria.