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Carta da comissão executiva nacional do Plebiscito Popular por um Brasil mais justo
A Comissão Executiva Nacional do Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo, que organiza a consulta à população sobre a taxação dos mais ricos para garantir a isenção do imposto de renda para trabalhadores e setores médios e sobre a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e fim da escala 6x1, reunida nesta terça-feira (8/7), fez uma avaliação do cenário político, da primeira semana do plebiscito e as próximas ações em todo o país.
Publicado em: 10 de julho de 2025
Foto: Esquerda Online
1. Conjuntura política e abertura para o plebiscito
A recente tensão entre o Congresso Nacional e o governo Lula, precipitada pela derrubada dos decretos do IOF, evidenciou o caráter de classe da maioria do Congresso Nacional. Esse conflito abriu espaço político para uma resposta da sociedade, em defesa da agenda da classe trabalhadora. Nesse contexto, o plebiscito popular surge como uma resposta legítima, necessária e estratégica, fortalecendo a pauta popular diante do atual impasse institucional.
2. Avaliação política do plebiscito popular
O plebiscito entrou na agenda nacional com força. Mobilizou diversos setores, gerou impacto político concreto e rompeu as bolhas tradicionais da esquerda. Sua força está na capacidade de provocar agitação, engajar diferentes públicos e dar visibilidade nacional a temas que afetam diretamente a vida do povo.
3. Força da militância nas ruas
A presença da militância nas ruas — com bancas em todo o país, panfletagens e diálogo direto com a população — demonstrou iniciativa, compromisso e capacidade real de mobilização. Essa ação direta tem produzido efeitos concretos na construção de força social e política em torno das nossas pautas. Não há sucesso na esfera digital sem a disputa nos locais de trabalho, estudo, cultura e recreação. A rua continua sendo o espaço privilegiado de disputa de consciências.
4. Atuação nas redes
O crescimento expressivo dos perfis do plebiscito nas redes sociais — multiplicando-se por seis em apenas uma semana — é um dado extraordinário. A viralização dos links via QR Codes saiu do controle e impulsionou o plebiscito em grupos de WhatsApp. Todos os votos registrados na plataforma “Vota bem” são válidos e serão contabilizados. Essa força digital ampliou o alcance da campanha e mostrou que há sintonia entre nossas propostas e os anseios da população. Em um país com mais de 210 milhões de habitantes e 5.570 municípios, precisamos utilizar todos os meios possíveis para expressar a vontade da maioria.
5. Rua e internet: ações complementares
O trabalho de rua permite realizar educação popular e dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras mais distantes das organizações populares. Já a votação online ativa nossa base social engajada e expressa nossa força já consolidada. Essas são frentes distintas, que se complementam na construção de uma maioria social em torno do nosso projeto de país.
6. A combinação que explica o êxito
A força do plebiscito nesta primeira semana advém justamente da articulação entre a militância de base e disseminação nas redes. Disputamos apoios nas ruas, demonstramos força nas redes e ampliamos a legitimidade política da nossa iniciativa. Enquanto o trabalho de base construiu legitimidade e envolvimento popular, a mobilização digital deu visibilidade e velocidade na difusão do plebiscito. A combinação entre a ação militante nas ruas e a atuação nas redes é decisiva para ampliar o alcance da campanha, conquistar novos apoios e consolidar os vínculos já existentes com setores organizados. A sintonia entre mobilização territorial e disputa online abre a perspectiva para a consolidação de uma maioria social em torno de um projeto popular para o Brasil.
7. É necessário defender as nossas bandeiras
A mudança na conjuntura coloca a necessidade de intensificar o trabalho político e apresentar as pautas da classe trabalhadora. É urgente taxar os mais ricos para isentar quem ganha até R$5.000 mensais, cobrar menos impostos para a classe trabalhadora e setores médios e garantir as políticas públicas. É necessário acabar com a escala 6×1 e reduzir a jornada de trabalho sem redução salarial para que o povo brasileiro tenha uma vida além do trabalho.
8. Chamado à ação
O 2° Mutirão de Votação do Plebiscito será entre 14 e 20 de julho. A linha é ampliar a mobilização da militância nas ruas, conversando com o povo, ocupando os espaços públicos e fortalecendo o diálogo popular. Que todas e todos que defendem a taxação dos super-ricos, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1 participem do plebiscito, seja na organização de pontos de coleta ou no trabalho de divulgação dos links nas redes sociais. Que os movimentos populares, sindicais, estudantis e todas as entidades da sociedade civil se somem à campanha de todas as formas possíveis! Que as forças populares organizem urnas em todos os cantos do país para disputar consciências e construir a maioria social necessária para transformar o Brasil!
Comissão executiva nacional do Plebiscito Popular por um Brasil mais Justo
08/07
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