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Cercar de solidariedade a greve dos trabalhadores terceirizados da educação de Belo Horizonte

Arrancar na luta o fim da escala 6x1 com redução de jornada sem redução salarial


Publicado em: 18 de fevereiro de 2025

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Daniel Wardil, de Belo Horizonte (MG)

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

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Foto: Sindrede

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Acontece na capital mineira uma importante luta da classe trabalhadora. A pauta que tomou conta das redes no final do ano passado agora ganhou as ruas de Belo Horizonte numa luta concreta. A vitória da mobilização digital que levou mais de 230 deputados a assinarem a PEC contra a escala 6×1, articulação liderada pelo Movimento VAT – Vida Além do Trabalho e Erika Hilton, inspirou e empolgou milhares de trabalhadores terceirizados das escolas de Belo Horizonte a irem à luta.

A pauta é extensa e vai desde valorização salarial a questões de condições de trabalho, mas com destaque para o fim da escala 6×1, além da redução da jornada de trabalho sem redução do salário.

Nessa categoria estão as cantineiras, faxineiras, portaria, artífices, apoio ao educando, mecanografia e monitores da escola integrada. Trabalham 44h por semana e muitos ganham no líquido menos que o salário mínimo (considerando os descontos legais). Parte desses trabalhadores são da escala 6×1 clássica e parte compensa as 4h do sábado durante a semana, mantendo uma jornada extenuante.

Esse ano já ocorreram duas grandes assembleias e manifestações. Com uma base de aproximadamente 10 mil trabalhadores, participaram da assembleia do dia 29 de janeiro mais de 2 mil trabalhadores e, no dia 12 de fevereiro, cerca de 4 mil trabalhadores.

Em que pese a forte mobilização com quase metade da categoria na rua, a prefeitura (responsável pelos contratos com as empresas) não sinalizou nenhuma proposta para além de um reajuste de 7%. Nada falou sobre a pauta principal do país que é a redução da jornada de trabalho.

A categoria deliberou pela realização de uma nova assembleia para o dia 20 de fevereiro com início de greve a partir do dia 24. É um setor que sofre muito assédio, ameaças de corte e advertências.

A vitória em uma cidade, mesmo que de um setor específico, pode ser a impulsão do fim da escala 6×1 em todo país. Essa é a pauta propositiva, de avanço de direitos que inspira e dá esperança de melhorias para milhões de brasileiros. É tarefa dos sindicatos, movimentos sociais, ativistas e influenciadores cercar de solidariedade essa importante luta. Ajudar a repercutir e pressionar a prefeitura de BH é uma necessidade urgente.

Os trabalhadores terceirizados precisam urgentemente de apoio na repercussão da sua luta, seja por meio de notas, vídeos de apoio nas redes, compartilhamento de conteúdo, campanha das categorias de todo o Brasil para que ajudem na pressão junto à Prefeitura de Belo Horizonte, fazendo-a atender as reivindicações do setor.

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