Morreu Dom Paulo e mais uma vez este ano fiquei melancólico


Publicado em: 14 de dezembro de 2016

Colunistas

Valerio Arcary

Professor titular aposentado do IFSP. Doutor em História pela USP. Militante trotskista desde a Revolução dos Cravos. Autor de diversos livros, entre eles Ninguém disse que seria fácil (2022), pela editora Boitempo.

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Professor titular aposentado do IFSP. Doutor em História pela USP. Militante trotskista desde a Revolução dos Cravos. Autor de diversos livros, entre eles Ninguém disse que seria fácil (2022), pela editora Boitempo.

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Por: Valério Arcary, colunista do Esquerda Online

Que ano terrível este 2016.

Esta foto foi tirada quando do velório de Vladimir Herzog e diz muito para mim. Diz o que não sou agora capaz de dizer, porque quero silêncio.

Um homem de coragem partiu, e estamos mais sozinhos.
Aqueles que não foram contemporâneos da luta contra a ditadura não compreenderão, possivelmente, os sentimentos dos mais velhos. Na luta de classes temos amigos e camaradas, adversários e inimigos. E temos, também, os aliados. As pessoas não podem ser resumidas às organizações das quais participam. Nas mesmas instituições há pessoas de índoles e caráter muito diferentes umas das outras.

Há grandeza e há vilania.
A Igreja Católica apoiou o golpe de 1964.
Nunca deveremos esquecer isso. A lição deve ficar para sempre.

Mas Dom Paulo foi um ponto de apoio essencial na resistência.
Não será esquecido. Quando triunfar a revolução brasileira celebraremos a sua memória como um dos valentes que se levantou contra a tirania.


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