Governo de Brasília se recusa a cumprir acordo de 2015 e metroviários continuam em greve
Publicado em: 23 de novembro de 2017
Por: Ademar Lourenço, da Redação de Brasília, DF
Desde o dia 9 de novembro, os metroviários de Brasília estão em greve pelo cumprimento do acordo firmado pelo governo em 2015. Nesta quinta (23), o sistema voltou a funcionar parcialmente depois de cinco dias totalmente fechado.
A volta de 75% dos trens que operam em horário de pico e 30% nos outros horários foi uma determinação da Justiça após negociação com o sindicato. “Fomos nós que buscamos um acordo para os trens voltarem a funcionar”, explica Renata Campos, diretora de comunicação do Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal.
Segundo a sindicalista, a decisão anterior da Justiça era de que 90% dos trens funcionassem em horário de pico. “A determinação ainda era em cima do total de trens e não de trens funcionando, aí o funcionamento teria que ser até maior que o normal e a greve seria inviável”, explica Renata.
A decisão de não fazer os trens funcionarem foi do governo e não do sindicato. Após um incidente causado por um funcionário que ocupava cargo comissionado e foi parar na operação devido à greve, a direção da empresa decidiu fechar o sistema mesmo com metroviários se apresentando para trabalhar.
“É o governo que coloca o usuário em risco e evita o metrô de funcionar. Nós queremos negociar” diz a representante do Sindicato dos Metroviários. Ela ainda reclama de parte da mídia, que age para colocar toda a culpa nos trabalhadores.
Acordo de 2015
A reivindicação é que a empresa cumpra o acordo firmado em 2015, que previa reposição salarial e a contratação de novos funcionários. “Não queremos um novo acordo apenas o cumprimento do antigo”, explica Renata Campos, do Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal.
O governo, mesmo tendo assinado o acordo, se recusa a cumprir. O motivo é que isso poderia abrir precedentes para aumentos em outras categorias.
Para o sindicato, isso não faz sentido, pois se trata apenas de uma reposição já acordada há dois anos.
Além disso, há mais de 621 aprovados no último concurso esperando ser chamados. “Hoje o Metrô sofre com a falta de funcionários, em especial na área de segurança. Não temos gente suficiente para evitar assaltos e assédios. Os passageiros são os mais prejudicados”, afirma Renata.
O Metrô do Distrito Federal liga o Plano Piloto, área central da cidade, às cidades-satélites mais populosas, como Taguatinga e Ceilândia. Com o funcionamento comprometido, as pessoas acabam tendo que andar de carro e ônibus, o que afeta o trânsito da cidade
Top 5 da semana

brasil
Prisão de Bolsonaro expõe feridas abertas: choramos os nossos, não os deles
colunistas
O assassinato de Charlie Kirk foi um crime político
brasil
Injustamente demitido pelo Governo Bolsonaro, pude comemorar minha reintegração na semana do julgamento do Golpe
psol
Sonia Meire assume procuradoria da mulher da Câmara Municipal de Aracaju
mundo