Crise no Rio e novo pedido de prisão
Publicado em: 21 de novembro de 2017
Editorial 21 de novembro
Nesta terça-feira (21), o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2a. região decidiu por unanimidade restabelecer a prisão dos deputados Jorge Picciani, presidente da Alerj, Paulo Melo e Edson Albertassi. Os parlamentares, que conformam a cúpula do PMDB no Legislativo fluminense, tinham sido soltos após vergonhosa sessão da Assembleia Legislativa, na semana passada. A nova ordem de prisão veio combinada com a ameaça, da parte do relator da operação Cadeia Velha, desembargador Abel Gomes, de um pedido de intervenção federal junto ao Superior Tribunal Federal (STF), na hipótese de que a Alerj mantenha obstáculos às decisões judiciais.
Neste novo capítulo da crise no Rio, o Judiciário eleva o tom em seu choque com o Legislativo. Por sua vez, o Executivo, chefiado pelo governador Luis Fernando Pezão (PMDB), segue sem a menor capacidade de iniciativa.
Nenhuma dessas instituições em conflito se move por uma saída democrática para a crise. Procuradores, juízes e parlamentares se chocam sem que nenhum deles expresse qualquer interesse popular em sua atividade. Ao ver na mesa a chantagem de intervenção federal, cabe à esquerda ter a clareza de que só o movimento social nas ruas pode levantar uma saída em que o povo decida.
O Muspe- Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais – tem papel de destaque na liderança das manifestações de servidores e trabalhadores fluminenses. O PSOL, por sua vez, é a principal oposição parlamentar ao PMDB. Seria prudente que ambas as organizações, junto ao conjunto dos movimentos sociais, apontassem um caminho para uma saída democrática para o Rio. Não é possível seguir nesse impasse até o fim de 2018, enquanto o povo amarga uma crise social que só tende a se aprofundar.
Nesse sentido, caberia defender com firmeza a antecipação das eleições para governador e para deputados estaduais. É esse o caminho para abrir passagem a um programa de emergência para o Rio, que resgate os serviços públicos e o emprego e deixe para trás a tragicômica novela do PMDB.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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