Ao apagar das luzes do seu governo, Sartori (MDB) acelera privatização da CORSAN


Publicado em: 24 de julho de 2018

Brasil

Da Redação, do RS

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Desde que o então presidente da CORSAN, Flávio Presser, assumiu o cargo, em 29 de janeiro de 2015, fez questão de deixar nítida a intenção do governo Sartori: implementar, a qualquer custo, o sistema de PPP (Parceria Público-privada) na estatal. Com a proximidade do encerramento do governo, as movimentações se aceleram.  A ideia é privatizar o sistema de esgotos de nove cidades: Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Esteio, Sapucaia do Sul, Alvorada, Viamão, Guaíba e Eldorado do Sul.

Apesar do regime anunciado ser de “parceria”, as maiores vantagens estão para a empresa que vai assumir o negócio, uma vez que são cidades que receberam grandes investimentos desde 2007. É o que avalia o representante do sindicato da categoria dos trabalhadores da Corsan: “Somente pelas obras do PAC saneamento já foram investidos setecentos milhões de reais nas cidades da PPP. Elas estão com uma capacidade de arrecadação que chega a nove milhões por mês. Ou seja, já está tudo pronto para o dinheiro entrar. Porque a PPP não vai para as cidades onde ainda não existe sistema de esgoto?”, questionou Rogério Ferraz, diretor de divulgação do Sindiágua.

Para o sindicato, o modelo que está sendo proposto é nocivo para a CORSAN, pois transfere a sua arrecadação para uma empresa privada, e é nocivo para a população, que investe em todos esses serviços para, no final, correr o risco de ter a tarifa aumentada. Foi o que aconteceu em todos os estados em que houve privatização.

O sindicato está movendo diversos processos contra a PPP, inclusive um que pede o afastamento de toda a diretoria da CORSAN, em virtude da má gestão dos contratos da empresa. “Estamos movendo vários processos em diferentes instâncias”, afirma Ferraz, “o governo não pode lidar com o dinheiro público com irresponsabilidade. Foram quinhentos e vinte e um milhões contratados em 2014, tudo recurso federal que não foi revertido para a população porque não foi feita uma licitação”, afirma o sindicalista.

A luta contra as privatizações no RS e no Brasil continua. O dia nacional de mobilizações marcado para 10 de agosto será mais uma oportunidade de unir as forças por essa causa. Só a mobilização dos trabalhadores e movimentos sociais pode barrar a entrega dos serviços públicos para o empresariado.

Foto: governador recebe a diretoria da CORSAN | site da corsan


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