Rede de mentiras: Denunciar e derrotar as mentiras do governo

Ao mesmo tempo em que nada é feito sobre as denúncias reveladas pela Vaza Jato ou sobre o Caso Queiroz, a Polícia Federal age e prende supostos hackers que “invadiram” o celular de Moro.


Publicado em: 24 de julho de 2019

Brasil

Marco Dantas, do Rio de Janeiro, RJ

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

Brasil

Marco Dantas, do Rio de Janeiro, RJ

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

Compartilhe:

Ouça agora a Notícia:

Tudo leva a crer que vivemos essa atual situação política no país muito em função de uma rede de mentiras.

Com as denúncias de Glenn Greenwald e a equipe do The Intercept Brasil, comprovamos uma grande operação da Lava Jato para denunciar, condenar, prender e tirar Lula do processo eleitoral. Sem entrar no mérito das denúncias contra o ex-presidente, todo o processo, a partir do vazamento, se tornou comprometido, devido à ação irregular do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol.

Com Lula fora do processo, Bolsonaro conseguiu se firmar como favorito e venceu as eleições. O resto da história, todos sabemos: um ex-juiz de 1° instância se tornou ministro e aspira ao STF. Um prêmio por serviços prestados e pela rede de mentiras disseminada.

Hoje, as autoridades no país não apuram as evidentes e elucidativas mensagens vazadas pelo The Intercept Brasil referente ao escândalo da Lava Jato (condenação e prisão de Lula), envolvendo Moro e Dallagnol. Um escândalo nacional.

 

Há um verdadeiro conluio de políticos, ministros do STF, desembargadores e juízes, que tenta blindar o outrora ex-juiz “super-herói” e “paladino da justiça” e esvaziar as denúncias da Vaza Jato

Diante desse conjunto de diálogos lidos e ouvidos nos vazamentos-denúncias divulgados e debatidos por Glenn Greenwald, em sabatinas na Câmara e Senado, pôde-se observar que há um verdadeiro conluio de políticos, ministros do STF, desembargadores e juízes, que tenta blindar o outrora ex-juiz “super-herói” e “paladino da justiça” e esvaziar as denúncias da Vaza Jato. Sem falar nas campanhas de robôs nas redes sociais inundando a internet de fake news e de apoiadores reais do ex-juiz, adeptos do “Morobloco”.

As ditas autoridades, insistem em não apurar, também, provas abundantes e irrefutáveis sobre o esquema de corrupção envolvendo o ex-policial, Fabrício Queiroz, funcionário laranja e Flávio Bolsonaro – senador e filho mais velho do presidente. Este caso ainda teria ramificações com outros laranjas e com milicianos no Rio de Janeiro.

Por outro lado, vemos a Polícia Federal agir e prender os supostos hackers que “invadiram” o celular do ex-juiz e atual ministro da Justiça.

Muito estranho que Moro tenha pedido alguns dias de licença e logo depois a PF tenha operado uma ação que visa impor uma nova narrativa sobre as mensagens atribuídas ao ex-juiz. Obviamente não devemos acreditar na tese de hackers. Isso nada mais é do que um mecanismo de desviar a atenção da opinião pública com o apoio da mídia e tentar dar fôlego ao ministro da Justiça, pra tentar fazê-lo virar o jogo.

É preciso considerar as chamadas teorias da conspiração e entendê-las como possíveis engrenagens usadas pelo sistema. O episódio da facada em Bolsonaro, em Juiz de Fora, criou mais um forte elemento político-emocional que ajudou no objetivo de eleger o atual presidente. Esse episódio da facada – que foi explorado na peça-denúncia “Facada no Mito” (You Tube), atesta que Adélio Bispo – autor da facada – não agiu sozinho e teve o conluio de comparsas que o ajudaram a criar mais uma fraude, da rede de mentiras que ajudou a levar a extrema-direita ao poder.

Podemos citar aqui algumas teorias da conspiração que ficaram no imaginário popular e político envolvendo as mortes de Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Eduardo Campos e Teori Zavascki.

Saindo do conspiracionismo e adentrando nos fatos concretos na narrativas de mentiras, vemos que o STF se calou sobre a reforma trabalhista, que prejudicou o conjunto dos trabalhadores e precarizou as relações de trabalho, e segue apoiando os governos no sentido de prejudicar os servidores, inclusive com o aval para possíveis demissões. Tudo isso baseado numa falsa narrativa que depõe contra os servidores. O STF segue a lógica de tentativa de acabar com o serviço público apoiada pelo governo Bolsonaro.

A Reforma da Previdência é uma das maiores inverdades de todos os tempos e que une desde o ministro da Economia, Paulo Guedes, e Bolsonaro, até o Congresso Nacional, na figura do deputado Rodrigo Maia (DEM), passando pelos banqueiros e Rede Globo. Um grande festival de mentiras contra o povo.

Reforma Trabalhista e da Previdência, lisura das investigações da Força Tarefa da Lava Jato, inocência de Flávio… tudo mentira. Vivemos uma situação política vil, nojenta e numa narrativa ficcional.

Por muito pouco já deveríamos estar nas ruas pra impedir e denunciar essa rede de mentira dos poderosos.


Contribua com a Esquerda Online

Faça a sua contribuição