Governo apresenta nova proposta com poucos avanços e mantém reajuste zero para 2024. A luta continua!
Governo melhora um pouco a proposta, mas mantém reajuste zero para 2024. A luta continua!
Publicado em: 23 de abril de 2024
Movimento
Por Daniel Kraucher e Elaine Italiano Vidal, do Comando Local de Greve da UFSCar
Esquerda Online
Esse post foi criado pelo Esquerda Online.
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Por Daniel Kraucher e Elaine Italiano Vidal, do Comando Local de Greve da UFSCar
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Após mais de um mês de greve dos TAEs e diante da possível escalada de greves, em especial na educação, o governo federal sinalizou publicamente que estava trabalhando na construção de uma solução que permitisse acabar com a greve o mais rápido possível.
Tivemos a caravana nacional à Brasília, que demonstrou o quanto a nossa greve está forte e elevando a pressão no governo. No Palácio da Alvorada, servidores manifestantes foram saudar o presidente com o mesmo “Bom dia, Presidente Lula” que os movimentos sociais deram por 580 dias, enquanto o presidente esteve injustamente preso em Curitiba, só que, dessa vez o “bom dia” foi para cobrar que Lula intervenha em favor dos servidores.
Na quinta-feira, dia 19, a nova proposta do governo foi apresentada em reunião da FASUBRA e SINASEFE com o MGI (Ministério da Gestão e Inovação (MGI). Foi um balde de água fria! Havia a confiança de alguns setores de que o governo se sensibilizaria com as demandas reais da greve. Isso ainda não aconteceu.
A proposta apresentada inflexiona a proposta anterior de 9% de reajuste em duas parcelas (4,5% em 2025 e 4,5% em 2026) e propõe 12,5% (9% em 2025 e 3,5% em 2026). Para 2024, o governo reafirmou o reajuste dos auxílios alimentação, saúde e creche, a serem pagos na folha de junho, mas retroativos a maio, sem equiparação com os demais poderes, e mantém o reajuste zero para 2024.
Três conclusões preliminares desse processo
A primeira é que há espaço orçamentário para melhorar a proposta para os servidores e, em especial, para a educação. Até então, a sinalização do governo é que não havia espaço orçamentário nenhum. Como podemos ver, a luta abre caminhos e constrói espaços. Ainda é possível melhorar. Não é justo que o Governo Federal deixe os aposentados da categoria mais um ano no aguardo de recomposição, uma vez que esse segmento não recebe auxílio alimentação e nem auxílio creche.
A segunda conclusão é que a greve de fato, se mantém enquanto instrumento útil para o atendimento de nossas demandas.
A terceira é que os TAEs, enquanto a maior categoria do Executivo Federal, se mantém enquanto uma categoria chave na catalisação das lutas, em especial da educação. Não é a primeira vez que, empurrada pelas circunstâncias de ter um dos piores salários do executivo federal, nossa categoria se joga sozinha numa greve nacional, depositando esperanças em sua própria força, e na confiança de que poderíamos servir de exemplo para animar a disposição de lutas de outras categorias. A greve dos TAES é um elemento objetivo nos debates que ocorrem hoje em reuniões e assembleias de docentes, estudantes e em outras categorias que começam a organizar suas lutas em defesa de suas próprias demandas. Nossa luta é por nós, mas é expressão de uma esperança coletiva.
Queremos sim melhores condições de trabalho e de remuneração, mas somos parte de uma luta maior, que é a luta por mudar o país, por garantir valorização da educação, do serviço público, da ciência, da tecnologia enquanto forma de construção de um novo projeto de país, que permita ao Brasil ocupar o papel que realmente lhe cabe no cenário mundial deste século XXI.
Nossa luta vale a pena porque nossas reivindicações são justas. Porque merecemos. Mas também porque somos parte de um projeto de construção de uma nação soberana, educada, sem fome.
Nossa luta vale a pena porque nossas reivindicações são justas. Porque merecemos. Mas também porque somos parte de um projeto de construção de uma nação soberana, educada, sem fome. O futuro pertence à classe trabalhadora e cada passo é um desafio, mas cada conquista é uma alegria.
O governo começou a ceder, mas ainda é muito aquém do necessário. Manteremos nossa greve até que o projeto que venceu as eleições saia do papel. Se for preciso, seremos a linha de frente de uma greve geral do serviço público que imponha a derrota que merece nossa classe dominante preguiçosa, parasitária e herdeira da escravidão, normalmente chamada pela mídia pelo eufemismo de “mercado” ou “investidores”.
Em defesa da educação, da ciência e do futuro do país, nossa greve continua, assim como nosso chamado ao Presidente Lula: apoie a greve dos TAEs! Fale publicamente sobre a justeza de nossa pauta! Use a autoridade que adquiriu perante a história para estar do lado certo dessa encruzilhada!
O futuro do país marcha ao lado dos TAEs em greve e Lula precisa marchar junto, em defesa do programa que ganhou as eleições.
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