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BRASIL

Exército entra em ação contra caminhoneiros e desbloqueia acesso ao Porto de Santos

Por Mariana Caetano, de Santos, SP

Há 10 dias caminhoneiros em greve bloqueiam acessos ao Porto de Santos. A eles se somaram paralisações de estivadores, na última segunda-feira (28), e a greve de petroleiros, iniciada nesta quarta-feira (30) por tempo indeterminado.

Esta unidade tem sido fundamental para mostrar que os aumentos dos preços dos combustíveis faz parte dos planos de Pedro Parente, presidente da Petrobrás. A intenção é atrelar cada vez mais os destinos do petróleo brasileiro ao mercado internacional cumprindo a vontade dos acionistas estrangeiros. O objetivo final do governo golpista de Temer é para privatizar a Petrobrás.

Após a tentativa frustrada do governo de impedir a greve dos petroleiros com uma proibição judicial, agora entra em ação os militares do Exército e a Tropa de Choque da PM que trabalham para desmontar a resistência dos caminhoneiros.

Intervenção militar contra os interesses da população
Ao contrário do que muitos chegaram a pensar influenciados pela propaganda de setores de direita como Bolsonaro, a intervenção militar foi contra os interesses do povo. Tanto as Forças Armadas quanto a “Justiça” entraram em ação para desmontar as greves e garantir o aumento dos preços dos combustíveis. Elas estão a serviço dos planos entreguistas do governo Temer ao capital internacional e em defesa do lucro dos empresários.

Calcula-se que os empresários da navegação do Porto de Santos deixaram de ganhar em torno de R$ 375 milhões nestes últimos dias. Desde o dia 21, os produtos de importação estavam bloqueados nos terminais e as cargas de exportação não entravam no maior complexo marítimo do País.

A força do movimento unificado na Baixada Santista e a entrada em greve dos petroleiros fizeram o governador de São Paulo, Márcio França (PSB) vir pessoalmente a Santos tentar negociar o fim da ocupação dos caminhoneiros. Mas eles decidiram que o movimento continua.

É urgente ampliar a luta: por um dia nacional de paralisações
É necessário cercar de solidariedade a greve dos caminhoneiros e dos petroleiros. As Centrais Sindicais e movimentos sociais devem convocar imediatamente um Dia Nacional de Lutas e Paralisações, rumo à greve geral.

Presidente do Sindicam, Alexsandro Viviani, encontra o governador Márcio França  (Vanessa Rodrigues/ A Tribuna)