Por Giulia Castro, de São Paulo, SP
Nessa terça-feira (7), segundo dia de aulas do ano letivo na Universidade de São Paulo, a Polícia Militar transformou uma manifestação pacífica de estudantes, funcionários e docentes da USP numa verdadeira praça de guerra. Houve bombas de gás, gás de pimenta, cassetetes, balas de borracha e detenções de feridos até dentro do hospital, tudo contra ativistas que se manifestavam em frente à reitoria contra a “PEC do fim da USP”, um projeto absurdo que seria votado no Conselho Universitário (órgão máximo de deliberação da USP, de composição altamente antidemocrática) e que previa um profundo corte de gastos, demissões em massa e o aprofundamento do desmonte da universidade e ameaça de seu caráter público.
A manifestação tinha o intuito de impedir a realização da votação da medida, mais uma decisão realizada sem o menor diálogo com o conjunto da comunidade universitária, prática comum da gestão do reitor Zago. Esse ataque à educação pública é mais um dos realizados pelo governo do PSDB de Alckmin, que desde 2015 enfrentou milhares de estudantes secundaristas contra o fechamento das escolas e em defesa da educação. O governo Alckmin e sua Polícia Militar são conhecidos por responder a essas mobilizações com a truculência da violência policial.
Os estudantes e trabalhadores, entretanto, decidiram responder à altura a essa declaração de guerra: estão convocando um ato na quinta-feira (9), às 15h em frente à reitoria, e uma assembleia estudantil para o mesmo dia às 18h.
Por nenhum direito a menos, pela educação pública e contra a repressão, nenhum passo atrás!
Fora Zago! Lutar não é crime!
Não à PEC do fim da USP!
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