Imperialismo e pirataria: Trump aumenta ações militares contra soberania da Venezuela


Publicado em: 17 de dezembro de 2025

David Cavalcante, da redação

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David Cavalcante, da redação

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O aspirante a ditador e presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou sua campanha contra o governo soberano do presidente venezuelano Nicolás Maduro, focando diretamente no petróleo da Venezuela, que é a principal fonte de renda do país e que possui as maiores reservas do planeta.

Trump anunciou um bloqueio total e completo a todos os navios petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela — uma ação ao estilo pirataria que afeta diretamente o setor energético venezuelano e sua capacidade de exportar petróleo.

Assim, já invadiu e roubou um petroleiro e alimentou o cerco militar do país, tendo inclusive assassinado dezenas de pessoas desarmadas em barcos de pescadores.

Numa grande campanha de mentiras, o governo imperialista estadunidense alega que a medida é parte de uma campanha para combater crimes como tráfico de drogas, terrorismo e tráfico de pessoas, e declarou o regime de Maduro como uma “organização terrorista estrangeira”.

Mas todo o planeta sabe que o objetivo é se apossar das reservas de petróleo, gás, ouro e outros minerais.
A serviçal líder do imperialismo e do golpismo, Maria Corina Machado, já prometeu publicamente, sem nenhum pudor, que entregaria todas as reservas do país às empresas gringas.

A ação vem acompanhada de um forte aumento da presença militar dos EUA na região do Caribe, incluindo uma armada naval significativa que, segundo Trump, “cercaria completamente” a Venezuela.

Maduro e seu governo condenaram a medida, classificando-a como violação do direito internacional e tentativa de apropriação das riquezas do país, e planejam levar a questão às Nações Unidas.

O governo bolivariano também aumentou as medidas defensivas militares, aumentando o recrutamento de 4,5 milhões de civis para treinamento militar e desencadeou um processo de mobilização popular em defesa da nação e da soberania.

Mas para a Venezuela vencer é preciso unidade diplomática e militar latino-americana, pois já pairam ameaças também sob a Colômbia e México, além da guerra comercial contra Brasil, por hora amenizada, para cooptação do governo Lula em se abster em relação às ameaças coloniais.

Todos os governos progressistas da América Latina devem se unir para acabar com o bloqueio econômico da Venezuela, fornecendo também alimentos e insumos produtivos para a indústria e agricultura daquele país.

Por sua vez, os movimentos sociais e da esquerda do continente podem e devem ajudar, para além das notas de repúdio, e se engajarem na campanha de solidariedade. Fazendo protestos nas embaixadas dos EUA e enviando brigadas de solidariedade como está organizando o MST e outros grupos.

Se a Venezuela cair nas mãos do imperialismo, será só o começo de uma ofensiva neocolonista de todo o continente.


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