brasil
Movimentos de juventude de Minas Gerais cobram Tadeu Leite que não paute a ‘PEC do Cala Boca’
Ação na porta da casa do presidente da ALMG denuncia sua responsabilidade no avanço da PEC
Publicado em: 4 de novembro de 2025
Na manhã desta terça (04/11), militantes do movimento Afronte!, do Levante Popular da Juventude (LPJ) e da União da Juventude Socialista (UJS) foram à porta da casa onde mora o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Luiz Tadeu Martins Leite (Tadeuzinho) do MDB para denunciar o avanço da PEC 24/2023, conhecida como a PEC do Cala Boca. A PEC do Cala Boca propõe a retirada da Constituição do Estado de Minas Gerais da necessidade de um referendo popular para autorização da desestatização das estatais que ofertam serviços de saneamento básico (Copasa e COPANOR), energia elétrica (Cemig) e fornecimento de gás (Gasmig).
A consulta popular prevista hoje na Constituição mineira é um dispositivo constitucional que assegura à população do estado de Minas Gerais o direito de poder opinar sobre o patrimônio público, fortalece a democracia e protege os serviços públicos. No entanto, o governador Romeu Zema (Novo), autor da PEC, e sua base na ALMG seguem à disposição do mercado financeiro com seu projeto privatista, atacando a democracia e os direitos do povo mineiros e dos servidores públicos.
Aliando-se ao lobby de bancos como o BTG Pactual e à base governista, Tadeu Leite pautou a PEC 24/2023 na calada da noite no último dia 24, que foi aprovada por 52 votos a 18 e segue para a votação em 2º turno na próxima quarta-feira (05/11). Nesse sentido, os sindicatos dos trabalhadores da Copasa (Sindágua MG) e da Cemig (Sindieletro MG), movimentos sociais, entidades estudantis e movimentos de juventude mobilizam a população para audiência pública às 9h do mesmo dia, que já tem presença confirmada do Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, e para barrar a votação da PEC do Cala Boca.
Confira a nota dos movimentos de juventude que realizaram a ação de denúncia da conivência do presidente da ALMG com o projeto entreguista do governo Zema:
Por que escrachamos Tadeu Leite?

Tadeu Leite Martins (MDB) é o atual presidente da o avanço da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). À frente da Presidência da ALMG, Tadeu Leite tem demonstrado conivência com o ataque ao povo mineiro ao permitir que a casa avance com a PEC 24, conhecida como a PEC do Cala Boca.
A PEC 24 tem como objetivo retirar da Constituição mineira um dispositivo que assegura à população do estado de Minas Gerais o direito de poder opinar, através de um referendo, sobre a privatização das empresas públicas, como a Cemig, a Copasa e a Codemig.
Como Presidente da ALMG, Tadeu Leite deveria estar atuando para combater a influência do mercado financeiro, como do Banco BTG Pactual, que pela força do capital tenta impor essa derrota ao povo mineiro e entregar o nosso patrimônio público, mas as estatais são do povo mineiro.
A juventude mineira não aceita a tentativa de calar a boca do povo – que em sua ampla maioria é contrário às privatizações – e denuncia a aprovação da PEC 24 em 1º turno pela ALMG, em sessão realizada na calada da noite, durante a madrugada. Mais do que isso, defendemos que as empresas públicas estejam nas mãos do povo e, por isso, não perdoamos quem vota contra as estatais.
Nosso futuro não está à venda! O projeto representado por Romeu Zema (Novo) e Mateus Simões (PSD) é um sequestro ao nosso direito ao futuro. Em um estado marcado por desigualdades sociais e constantes violações à terra e aos nossos recursos naturais, não podemos aceitar que empresas que atuam em áreas estratégicas sejam vendidas para defender os interesses dos mais ricos.
Por isso, viemos à casa do Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para dizer não à PEC 24 e exigir que Tadeu Leite respeite a voz e a opinião do povo mineiro.
TADEU LEITE: NÃO TRAIA O POVO MINEIRO!
NÃO COLOQUE A PEC 24 EM VOTAÇÃO!
Voir cette publication sur Instagram
Top 5 da semana
brasil
O sucesso do fracasso da política de segurança pública (e de “guerra às drogas”)
marxismo
Sobre as revolucionárias e os revolucionários
brasil
Chacinas policiais socialmente normalizadas como forma de administrar politicamente uma população descartável para o capitalismo em crise estrutural
brasil
Movimentos de juventude de Minas Gerais cobram Tadeu Leite que não paute a ‘PEC do Cala Boca’
cultura









