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Recife ocupa as ruas contra a PEC da Blindagem e contra a Anistia
Recife ocupa as ruas contra a PEC da Blindagem e contra a Anistia: vozes do povo ecoam “não vai ter anistia”
Publicado em: 22 de setembro de 2025
Foto: Tiago Calmon
“Não vai ter anistia!”. Foi esse o grito que ecoou pelas ruas do centro da capital pernambucana neste domingo, em mais uma poderosa demonstração de que o povo trabalhador não aceita retrocessos nem blindagens para políticos corruptos. O ato, convocado pela União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo os organizadores.
A concentração começou na Rua da Aurora, em frente ao Ginásio Pernambucano, e seguiu em passeata até o Marco Zero, passando pela João Lira, Parque 13 de Maio e Ponte Princesa Isabel. O tom foi político-cultural: trios elétricos, apresentações de cultura popular e cartazes coloridos reafirmaram que a luta democrática se faz também com arte, resistência e solidariedade.
Contra a PEC da Blindagem, ou melhor, da Bandidagem
A chamada PEC da Blindagem, já aprovada na Câmara dos Deputados, busca ampliar a imunidade parlamentar, criando obstáculos para processos e investigações. Para a multidão nas ruas, trata-se de mais um privilégio inaceitável num país onde o povo trabalha sob cargas tributárias pesadas e jornadas extenuantes.
Como disse Aldo Lima, militante da Resistência/PSOL:
“A população quer é a aprovação da isenção do imposto para quem ganha até R$ 5 mil, o fim da escala 6×1, medidas que aliviem a vida de quem trabalha. Mas, em vez disso, os deputados correm para aprovar a PEC da Blindagem, que mais parece PEC da Bandidagem. Estão interessados em se proteger, não em governar para o povo.”
“Não vai ter anistia!”
Outro alvo central da mobilização foi o Projeto de Lei da Anistia, que pretende perdoar ou reduzir penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O recado em Recife foi categórico: não haverá perdão para quem atentou contra a democracia.
Cartazes, estandartes e falas no carro de som repetiam o mesmo refrão: “Democracia sem anistia”. Estudantes, trabalhadores, artistas e militantes populares deixaram claro que anistiar golpistas seria abrir a porta para novos ataques ao Estado de Direito e para a impunidade da extrema-direita.
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