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SUS, 35 anos: comemorar e lutar por ele!
Publicado em: 19 de setembro de 2025
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Coluna Saúde Pública Resiste
Saúde Pública resiste
Uma coluna coletiva, produzida por profissionais da saúde, pesquisadores e estudantes de várias partes do País, voltada ao acompanhamento e debate sobre os ataques contra o SUS e a saúde pública, bem como às lutas de resistência pelo direito à saúde. Inaugurada em 07 de abril de 2022, Dia Mundial de Luta pela Saúde.<br /> <br /> Ana Beatriz Valença: Enfermeira pela UFPE, doutoranda em Saúde Pública pela USP e militante do Afronte!;<br /> <br /> Jorge Henrique: Enfermeiro pela UFPI atuante no DF, especialista em saúde coletiva e mestre em Políticas Públicas pela Fiocruz, integrante da Coletiva SUS DF e presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal;<br /> <br /> Karine Afonseca: Enfermeira no DF e mestre em Saúde Coletiva pela UnB, integrante da Coletiva SUS DF e da Associação Brasileira de Enfermagem, seção DF;<br /> <br /> Lígia Maria: Enfermeira pela ESCS DF e mestre em Saúde Coletiva pela UnB. Também compõe a equipe do Programa de Interrupção Gestacional Prevista em Lei do DF;<br /> <br /> Marcos Filipe: Estudante de Medicina, membro da coordenação da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM), militante do Afronte! e integrante da Coletiva SUS DF;<br /> <br /> Rachel Euflauzino: Estudante de Terapia Ocupacional pela UFRJ e militante do Afronte!;<br /> <br /> Paulo Ribeiro: Técnico em Saúde Pública, mestre em Políticas Públicas e Formação Humana e doutorando em Serviço Social na UFRJ;<br /> <br /> Pedro Costa: Psicólogo e professor de Psicologia na Universidade de Brasília;
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Coluna Saúde Pública Resiste
Saúde Pública resiste
Uma coluna coletiva, produzida por profissionais da saúde, pesquisadores e estudantes de várias partes do País, voltada ao acompanhamento e debate sobre os ataques contra o SUS e a saúde pública, bem como às lutas de resistência pelo direito à saúde. Inaugurada em 07 de abril de 2022, Dia Mundial de Luta pela Saúde.<br /> <br /> Ana Beatriz Valença: Enfermeira pela UFPE, doutoranda em Saúde Pública pela USP e militante do Afronte!;<br /> <br /> Jorge Henrique: Enfermeiro pela UFPI atuante no DF, especialista em saúde coletiva e mestre em Políticas Públicas pela Fiocruz, integrante da Coletiva SUS DF e presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal;<br /> <br /> Karine Afonseca: Enfermeira no DF e mestre em Saúde Coletiva pela UnB, integrante da Coletiva SUS DF e da Associação Brasileira de Enfermagem, seção DF;<br /> <br /> Lígia Maria: Enfermeira pela ESCS DF e mestre em Saúde Coletiva pela UnB. Também compõe a equipe do Programa de Interrupção Gestacional Prevista em Lei do DF;<br /> <br /> Marcos Filipe: Estudante de Medicina, membro da coordenação da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM), militante do Afronte! e integrante da Coletiva SUS DF;<br /> <br /> Rachel Euflauzino: Estudante de Terapia Ocupacional pela UFRJ e militante do Afronte!;<br /> <br /> Paulo Ribeiro: Técnico em Saúde Pública, mestre em Políticas Públicas e Formação Humana e doutorando em Serviço Social na UFRJ;<br /> <br /> Pedro Costa: Psicólogo e professor de Psicologia na Universidade de Brasília;
Fernando Frazão/Agência Brasil
Por Pedro Costa
Se o SUS fosse “somente” assistência e tratamento gratuitos, medicação gratuita, vigilância sanitária e epidemiológica igualmente gratuita e para todos num território continental como um nosso; se ele fosse “só” o maior e mais efetivo complexo imunizatório do mundo; se ele “só” salvasse centenas, milhares, milhões de vidas…
Em suma se ele fosse “apenas” o maior sistema de saúde, público e universal de todo o mundo, ele já seria muita coisa.
Mas o SUS é mais. O SUS é outro projeto de sociedade. Na verdade, o SUS é projeto, pois aponta para outra forma de ser e de estar neste mundo – bem como de se produzir e ter saúde -, como ele próprio se ocupa de materializar este projeto. O SUS é um “ser” e um “está”; um “está” e um “poder ser” ou “dever ser”. Ele é futuro e presente. O SUS é uma utopia vivida. Ninguém “escapa” dele, da sua proteção, mesmo os que o desprezam e o atacam.
Nessa dialética, que quebra visões lineares do tempo, ele também é passado.
O SUS aglutina e representa o que de melhor nós temos e temos sido, não só enquanto país, mas como sociedade – pois ele também incorpora o que há de melhor fora daqui, em termos de produção humana. Mas ele vai além, ele nos diz dia após dia, e nos mostra com ele próprio que podemos mais, que somos mais. O SUS é um aprendizado concreto de que só a luta muda a vida. Em cada vacina, em cada remédio, em cada piso dos postinhos de saúde, existem mãos e pés, cabeças e corpos, sangue e suor de muitos(as).
Não por acaso, ele vem sendo atacado antes mesmo de existir concretamente. Os ataques se dão à própria ideia do SUS. O SUS já nasceu atacado; já nasceu estrangulado, alienado de si mesmo, ou ao menos de algumas de suas partes. Tanto que boa parte de seus problemas não são seus: são lançados ou projetados nele ou ele acaba sendo absorvido por mazelas outras, para além de sua responsabilidade e capacidade de resolver. Suas “chagas” vêm de fora, mas também o carcomem por dentro.
O ponto que deve nos chamar atenção é que todo ataque traz consigo algo de elogio ao que é atacado. Ora, se se ataca algo é porque este algo e, em alguma medida, perigoso. Não se ataca o que é inócuo. E não há nada mais perigoso do que uma Utopia vivida; do que um projeto societário futuro no presente. Não há nada mais perigoso do que algo que busca desmantelar a célula basal deste sistema, a sua unidade elementar, ao afirmar que saúde não é mercadoria.
Na atual quadra, de avanço da barbárie, o SUS também se torna uma barreira de contenção à catástrofe. Se queremos criar um cordão sanitário ao neofascismo, ele passa invariavelmente pela defesa e pelo fortalecimento do nosso Sistema Único de Saúde.
Viva o SUS e seus 35 anos!
Comemorar, sim!
Lutar ainda mais!
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