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Passo Fundo: Magistério faz demonstração de força e de união em dia de paralisação para derrotar o prefeito e seu ataque à inclusão
Publicado em: 25 de agosto de 2025
Na última quinta-feira (20) foi dia de paralisação dos professores da rede municipal de ensino de Passo Fundo (RS), um dia de luta, um dia de aula fora da sala de aula, um “Dia D: EM DEFESA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA”. De acordo com as informações do sindicato da categoria cerca de 600 professores estiveram presentes na concentração na Praça do Teixeirinha e depois em caminhada até o Paço Municipal, além da presença significativa da categoria, a atividade contou com a presença das mães atípicas e de inúmeros aplausos e buzinaço da população apoiando o movimento dos professores em defesa da educação inclusiva e de ensino de qualidade. Na parte da tarde a categoria e a comunidade lotou a sessão da Câmara de Vereadores, inclusive o saguão da câmara, numa demonstração clara de força e determinação de lutar pela inclusão e pela qualidade de ensino no município de Passo Fundo.
No caminhão de som, a direção do sindicato denunciou as contradições da gestão Pedro Almeida (PSD), que divulga em suas redes oficiais (prefeitura e secretaria de educação) um governo onde a educação é prioridade, inclusive na falácia de Passo Fundo ser uma “Cidade Educadora”. Mas, o que de fato temos é um governo que aplica uma política do continuísmo do governo anterior, Luciano Azevedo também PSD, onde sistematicamente retirou vários direitos da categoria mexendo em seu plano de carreira, um governo que não constrói escolas mas sim compra vagas no ensino privado, um governo que não paga o piso nacional mas que faz uso de um “completivo” para alcançar esse valor em uma parcela da categoria, um governo que no início do ano se negou a fazer a correção de 6,27% (indicada pelo governo federal) e concedeu percentual de 5,06%, e que agora ataca a inclusão dos alunos deficientes ao encaminhar a PL 18/2025, em regime de urgência, para retirar uma gratificação de 40% para TODOS os professores que atendem alunos laudados.
Na esteira do descaso do governo municipal com a inclusão dos alunos e alunas deficientes, Pedro Almeida (PSD) NÃO ACEITA RECEBER o sindicato da categoria! Sua conduta “dividir para governar” é a de se reunir separadamente com diretores de escolas, com os professores da escola Olga (escola de educação especial) e com a associação das mães atípicas. Além de não receber pessoalmente o sindicato, o prefeito não abre negociação. Esse entendimento advém da conduta dos “representantes do executivo” (procurador-geral do município, o secretário de finanças Darlei Maffi e o secretário de administrativo Fernando Boeira) em reunião com do sindicato na tarde de de sexta-feira (23); de acordo com o informe dado pela diretora Débora Soares aos professores membros do Conselho de Representantes quando este a inquiriu sobre a reunião sua resposta foi: “só nos escutaram”; ou seja, ZERO pauta de negociação ou proposta por parte do executivo. Com todos os elementos apontados acima, e outros tantos que poderíamos elencar mas a matéria se tornaria extensa demais, fica claro que a EDUCAÇÃO, que a INCLUSÃO, NÃO É PRIORIDADE executivo municipal de Passo Fundo.
Para combater essa política de desmonte da educação, de ataque à inclusão, os professores aprovaram em assembléia no Paço Municipal (20) o “estado de greve”, conscientes que apenas na luta, na coletividade, é possível derrotar o descaso do prefeito Pedro Almeida com a inclusão.
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