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Deputada Bella Gonçalves e Sindágua acionam órgãos de controle contra uso político da COPASA por aliado de Zema
Publicado em: 11 de agosto de 2025
Pablo Valadares/ALMG
A deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Minas Gerais (Sindágua-MG), Eduardo Pereira de Oliveira, protocolaram nesta quinta-feira (7) representação no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e na direção da COPASA contra o assessor institucional da companhia, Charlles Evangelista, ex-deputado federal e aliado político do governador Romeu Zema.
O documento denuncia o uso indevido de estrutura, recursos e cargo público da COPASA para fins políticos alheios às funções institucionais da estatal. No último dia 6 de agosto, Evangelista foi flagrado no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, ao lado de parlamentares que promoviam a obstrução física e ilegítima dos trabalhos legislativos em defesa de aliados investigados por atos golpistas.
Na representação, Bella e Eduardo apontam que o próprio Evangelista admitiu publicamente que sua função na COPASA seria “fazer política, para atender justamente os políticos” — uma confissão que, segundo eles, escancara o desvio de finalidade e o aparelhamento político da companhia pelo governo Zema.
Além da apuração da conduta e da exoneração imediata do assessor, o documento solicita o ressarcimento de eventuais prejuízos aos cofres públicos e a responsabilização de outros agentes envolvidos.
“O governo Zema está desmontando a COPASA para justificar sua privatização, enquanto mantém cargos e altos salários para aliados políticos. É um escárnio com o povo mineiro e com os trabalhadores que, todos os dias, garantem água e saneamento para milhões de pessoas. Vamos cobrar até o fim que o dinheiro público seja usado para atender a população, e não para bancar cabos eleitorais de luxo”, afirmou a deputada Bella Gonçalves.
Eduardo Pereira, presidente do Sindágua-MG, reforça a contradição entre os privilégios concedidos a aliados e a perseguição aos trabalhadores da estatal:
“Enquanto o trabalhador da COPASA, que ganha mal, está sendo demitido por avaliação mal feita, Zema faz vista grossa diante do Charlles Evangelista que é remunerado em R$ 37.700 por mês sem fazer nada pela empresa. O salário que a COPASA paga ao ex-deputado daria para isentar a tarifa de água de mais de 700 famílias de baixa renda”, disse.
A representação lembra que a contratação de Evangelista, em 2023, já havia sido alvo de críticas pela acomodação de aliados políticos, prática que fere princípios da administração pública como legalidade, moralidade e impessoalidade.
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