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Paralisação total nesta quinta pode iniciar greve na Rede Municipal de Educação de BH

Com proposta de reajuste de 2,45%, trabalhadores em Educação realizam ato na SMED e assembleia decisiva pela greve a partir de 06/06


Publicado em: 3 de junho de 2025

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O Sind-REDE/BH convoca os trabalhadores em educação da Rede Municipal de Belo Horizonte para uma paralisação total das atividades nesta quinta-feira, 5 de junho, em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte. A mobilização pode marcar o início de uma greve por tempo indeterminado, a partir de sexta-feira (06/06), caso não haja avanços nas negociações.

A paralisação ocorre em meio à Campanha Salarial 2025, que teve início ainda em janeiro, mas só agora, após meses de silêncio por parte do governo municipal, recebeu uma proposta concreta da Prefeitura. Em reunião com os sindicatos no dia 30/05, os representantes da PBH apresentaram como proposta:

  • Reajuste linear de apenas 2,49% — inferior à inflação acumulada dos últimos 12 meses e o menor índice de toda a região metropolitana;
  • Reajuste do vale-refeição em 2,49%, retroativo a maio;
  • Aumento do valor do vale-refeição para R$ 60,00, no mês subsequente à aprovação da lei;
  • Possibilidade de avanço de um nível na carreira por escolaridade, mediante critérios da PBH.

O índice de reajuste proposto está abaixo do reajuste do Piso Nacional do Magistério (6,27%) e bem distante de outras cidades da região metropolitana, como Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano (6,27%) e Mário Campos (6,5%). Até mesmo o governo estadual reajustou os salários dos professores em 5,26%.

A proposta da Prefeitura de Belo Horizonte ignora a valorização dos profissionais da educação, mesmo com aumento na arrecadação do município e maior repasse de recursos do FUNDEB. O Sind-REDE/BH denuncia que os recursos da educação vêm sendo utilizados de forma alheia às reais necessidades das escolas, enquanto os trabalhadores enfrentam sobrecarga, adoecimento e salários defasados. O afastamento do ex-secretário Bruno Barral e a suspensão de mais de R$ 150 milhões em contratos da SMED para investigação reforçam a gravidade do cenário.

A proposta da prefeitura já foi avaliada, em uma reunião com os trabalhadores em educação realizada ontem (02/06). Os representantes aprovaram o início da greve a partir do dia 06/06. A posição será reavaliada na assembleia do dia 05/06 e pode ser ratificada ou revertida, caso a prefeitura aponte avanços na negociação.

Além da luta por reajuste digno, a pauta da Campanha Salarial 2025 inclui uma pauta específica sobre as condições de trabalho nas escolas, que vai desde a recomposição do quadro, pois a falta de professores tem afetado diretamente a qualidade do atendimento, principalmente na educação infantil, onde turmas de diferentes faixas etárias estão sendo juntadas; passando pelo aumento do tempo de planejamento; a recomposição da defasagem salarial dos aposentados, até melhoria da estrutura das escolas para melhores condições de trabalho.

Atividades do dia 05/06

➡ 9h | Ato na porta da SMED (Rua Carangola, 288 – Santo Antônio)

O protesto tem como foco a exigência de rediscussão da proposta da Prefeitura para o atendimento às crianças com deficiência. A Secretaria Municipal de Educação pretende triplicar o número de estudantes com atendimento especializado, sem garantir a estrutura nem o número de profissionais necessários para oferecer um atendimento de qualidade. A medida coloca em risco o direito das crianças e sobrecarrega os professores.

➡ 14h | Assembleia da categoria na Praça da Estação

Na parte da tarde, os trabalhadores se reúnem em assembleia para avaliar a proposta do governo. Caso não haja avanço nas negociações, a categoria deve deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 06/06.

 

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