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Assembleia dos operários da construção civil de Fortaleza aprova greve geral


Publicado em: 10 de maio de 2025

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Nestor Bezerra e Clesiberto-Corredor (membros da executiva do sindicato e militantes da Resistência)

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Na última quinta-feira (08-05), os trabalhadores e as trabalhadoras da construção civil se reuniram em assembleia e aprovaram greve geral da categoria, depois de um mês intenso de mobilizações e paralisações parciais.

A discussão da pauta da campanha salarial chegou a um impasse diante da intransigência da patronal na mesa de negociação, o que levou o nosso sindicato a se retirar das conversações.

Os patrões já sinalizaram propostas de reajuste dos pisos da categoria acima da inflação, mas ainda aquém do que a categoria reclama e do que nós – como direção sindical apresentamos ao longo das discussões.

O que travou os debates entre a patronal e a representação sindical dos trabalhadores foi a questão do vale-combustível, bandeira que moveu a categoria, pelo menos, nas últimas 10 campanhas salariais, e que, nesta campanha, tornou-se uma questão da qual o operariado não abre mão. No entanto, os empresários se mantêm irredutíveis, até mesmo aos apelos da Procuradoria do Trabalho.

No ano em que a categoria recorda a mais radical e simbólica greve da sua história, a célebre greve de 1995, que coincidiu com a histórica greve nacional petroleira, Fortaleza e a região metropolitana como um todo tendem a testemunhar mais uma poderosa greve do operariado da construção civil.

A assembleia que contou com 1.500 operários(as) dentro do sindicato e um número quase equivalente do lado de fora do prédio da entidade, certamente, demonstrou a disposição de luta da peãozada.

Na segunda-feira, a Praça Portugal, também conhecida como a Praça do Peão, vai tremer diante de mais um tsunami daqueles que transformaram Fortaleza na maior cidade do Nordeste, sem, no entanto, qualquer contrapartida de uma patronal enriquecida e de mentalidade escravocrata.

Contamos com o apoio das centrais sindicais, dos sindicatos, dos movimentos sociais e dos partidos comprometidos com as pautas da classe trabalhadora. Com certeza, não estaremos nas ruas a passeio. A luta está só começando. Vem aí um novo tsunami de peão.


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