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Qual objetivo de Trump com as tarifas?
Publicado em: 22 de abril de 2025
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Coluna Gabriel Santos
Gabriel Santos
Gabriel Santos é nascido no nordeste brasileiro. Alagoano, mora em Porto Alegre. Militante do movimento negro e popular. Vascaíno e filho de Oxóssi
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Coluna Gabriel Santos
Gabriel Santos
Gabriel Santos é nascido no nordeste brasileiro. Alagoano, mora em Porto Alegre. Militante do movimento negro e popular. Vascaíno e filho de Oxóssi
Instagram/Donald Trump
“Levantar uma pedra para deixá-la cair depois sobre os seus próprios pés é um ditado popular chinês que descreve o comportamento de certos tontos.”
– Mao Tsé Tung
No comicamente chamado “Dia da Libertação”, em 2 de abril de 2025, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump lançou uma série de tarifas sobre 57 países. Esse fato tomou conta dos noticiários desde então, deixando economistas liberais e comentaristas políticos atônitos. É o momento no qual os corredores da GloboNews, Folha de São Paulo, e de alguns cursos de ciências sociais do Brasil estão se dando conta de que sim, o imperialismo existe.
De fato, a atitude de Trump é algo sem precedentes na economia mundial nos últimos quarenta anos. Isso merece ser levado a sério.
Aqui, nós não achamos que foi um ato impensado, ou uma “loucura” de Trump. Pelo contrário, há método e sentido em suas ações. Não reconhecer isto e a gravidade do momento que vivemos, impede de conseguirmos se armar para o combate.
Em nossa visão é impossível entender as tarifas e o plano de Trump sem localizá-las no atual marco de perda de hegemonia estadunidense no sistema mundo. As tarifas são parte de uma ofensiva para defender a supremacia dos Estados Unidos no sistema de Estados mundial.
Essas medidas de Trump, representam o momento mais alto até aqui da escalada na guerra comercial dos EUA contra a China. Seu objetivo estratégico é enfraquecer a China e assumir o controle sobre a região do Pacífico (Leste e Sudeste Asiático e países da América Latina).
O fato é que esse tarifaço lançou tanto aliados históricos, quanto inimigos em um momento de incertezas e instabilidade diante do futuro no cenário internacional.
Agir desse modo, virando as peças do tabuleiro e mudando as regras, não é uma novidade na história dos Estados Unidos.
Nixon, Reagan, e a capacidade de reinvenção do imperialismo
Em 1968, o departamento de Estado estadunidense observou um fenômeno novo que passou a existir nas relações entre os Estados Unidos e o resto do mundo. Foi identificado que os superávit comerciais que os EUA acumulavam desde a segunda guerra, haviam se apresentado como um déficit pela primeira vez. Pela experiência até então, toda Nação que apresentava déficits comerciais contínuos acabava sendo substituída no topo da hierarquia do sistema mundo capitalista.
Diante disso, surge uma ideia inovadora para evitar que os EUA perdessem seu posto como grande hegemon do mundo. Foi desenvolvido que ao invés de se preocupar com o déficit, ele precisava ser aumentado. Os Estados Unidos deveriam se portar como uma potência capaz de absorver o que os demais produziam, exercendo um controle sobre a economia e o comércio mundial. Essa tese marcou o início de uma mudança nas regras do tabuleiro internacional.
Era a década de 70. A história caminhava rápido naqueles anos. Os Estados Unidos e o mundo viam o crescimento econômico do Japão e Alemanha. Assistiam também surpresos a criação da OPEP. Mais surpreendente ainda foi a vitória militar do Vietnã sobre, o até aquele momento, imbatível exército estadunidense. Os Estados Unidos amargaram ainda ver processos nacionais revolucionários na Nicarágua, El Salvador e no Irã. Isso, enquanto disputava com a União Soviética uma corrida armamentista. O fato era que os Estados Unidos precisavam se reinventar para se manter como principal potência imperialista.
E assim foi feito. Os EUA para manter seu controle no topo do sistema mundo adotaram uma nova estratégia internacional que passava por destruir a ordem mundial que eles mesmos haviam sido autores depois da Segunda Grande Guerra.
Esse processo durou anos. Teve início no governo de Richard Nixon e se finaliza durante o governo de Ronald Reagan. Da ideia de modificar sua relação com o déficit até a disputa para pôr fim à URSS, as medidas conservadoras e neoliberais mudaram o mapa geopolítico e transformaram o funcionamento do capitalismo mundial.
Em 1971, Nixon retirou os EUA do padrão ouro e estabeleceu o dólar como moeda hegemônica, rompendo o acordo de Bretton Woods e as regras que haviam sido estabelecidas para o sistema monetário internacional. O dólar passa a se tornar moeda de intercâmbio comercial, e principalmente, a grande reserva de valor do mercado mundial. Essa medida é a pedra fundamental da hegemonia do imperialismo estadunidense.
Já na era Reagan, para combater a inflação e a dívida pública, o Federal Reserve elevou a taxa básica de juros até 21,5%. O que levou a uma recessão profunda tanto nos EUA quanto globalmente. Essa crise, termina por gerar um aumento da dependência da economia mundial pelo dólar americano, e faz parte do processo de derrocada das economias japonesa e alemã.
Por outro lado, essas medidas têm consequências dentro do próprio Estados Unidos. É com elas, na era Reagan, que ocorre a desregulação financeira da economia internacional, e põe fim ao projeto de Estado de Bem Estar Social estadunidense. A alta do dólar, sentida naqueles anos, fez com que a indústria manufatureira dos EUA começasse a se deslocar para o exterior em busca de mercados com mão de obra e custo de produção mais barato. O mundo dava os primeiros passos rumo ao período neoliberal e a financeirização absoluta. Enquanto a indústria estadunidense caminhava para o abismo.
A Guerra Comercial e a estratégia imperialista
Hoje, Donald Trump, busca restabelecer a hegemonia estadunidense, para isso, ele busca fazer como no passado, um rearranjo das regras e da ordem econômica e geopolítica mundial.
Os Estados Unidos estão nesta terceira década do século XXI vivenciando um declínio relativo, porém que se acelera. A derrota militar na guerra da Ucrânia. A crescente desindustrialização. O questionamento do dólar e a busca de alternativas à moeda do país. A ascensão econômica, tecnológica e industrial chinesa que avança na fronteira do conhecimento. São alguns desafios que a principal potência imperialista enfrenta.
Dessa forma, o governo de extrema-direita estadunidense emerge em guerra contra as regras e instituições da ordem internacional construída pelo próprio EUA, como resposta à sua crise dos anos 70, e contra a ordem mundial do pós-Segunda Guerra, como a OMS e a ONU. A própria globalização, principal bandeira estadunidense desde a Guerra Fria, também é alvo dessa demolição.
Trump busca uma estratégia que seja capaz de resgatar o imperialismo estadunidense de sua decência. De tal modo, que a ruptura dessa ordem internacional, se soma a mudanças no campo geopolítico e econômico, assim como no abandono de valores ideológicos construídos ao longo do século passado, agora a força bruta é a lei e a lei é a força bruta.
Isso gera novas e imensas contradições dentro do bloco imperialista. Ao buscar restabelecer a hegemonia estadunidense, Trump também busca a afirmação de Washington sobre o conjunto do bloco imperialista. A lógica do imperialismo de tríade, onde Estados Unidos, Japão e União Europeia, atuavam como bloco imperialista porém os dois últimos subordinados militarmente, politicamente e financiamento pelos EUA, exigia um certo jogo de compadres. Onde a divisão do globo, organizada e tutelada pela potência unipolar, os EUA, permitia aos sócios menores dessa cadeia imperialista terem espaços para exercer seu controle. Exigia ainda que se respeitassem certas regras, convenções, instituições internacionais, visão e valores comuns do mundo, como a democracia liberal como universal e o Ocidente como um bloco histórico.
Agora, Trump diz que todos, de adversários a aliados, devem se ajoelhar para o poder estadunidense. A burguesia do país, na busca por aumentar suas taxas de juros e combater a ascensão chinesa, recorre à extrema-direita e ao fascismo. O método passa a ser a subjugação de povos, a recolonização, direta se for necessário. Trump abertamente fala isso quando comenta sobre a Ucrânia, Palestina, Irã, Groenlândia, Panamá e uma série de outros países.
A burguesia estadunidense vai atrás de novas fronteiras, novas colônias, novos mercados, disputando, caso seja preciso, cada vez mais aberta e ferozmente contra seus aliados históricos da tríade imperialista. Assistimos uma possível volta a época de confronto e disputas interimperialistas.
De fato, a aliança estratégica anglo-saxônica que moldou o século XX parece estar sendo rompida. Os instrumentos erguidos por ela, como o G7 e a OTAN tem futuro incerto. Assim como a União Europeia, que diante do acirramento das contradições interimperialista pode aproveitar para ter uma política própria, caso queira sobreviver.
No novo mundo que Trump tenta desenhar a Europa perde relevância estratégica. Ela deve ser subjugada e ficar dependente de fontes de energia estadunidenses. Washington assume a derrota na guerra do Leste europeu, busca um acordo de paz que permita a inserção da Ucrânia como uma neocolônia, quer efetivar negócios com a Rússia no círculo Polar, distanciando Moscou de seu principal aliado, a China. Os europeus insistem no combate a Putin e continuam em uma guerra que é um beco sem saída. Trump busca deslocar a fronteira de fratura geopolítica para o Ártico e Pacífico. É como se o presidente megalomaníaco dissesse, os inimigos agora são outros, portanto os amigos também devem ser.
A crise de hegemonia e o déficit comercial
O que o governo e a burguesia dos EUA não perceberam é que ao longo da história toda situação de hegemonia carrega em si uma contradição. Isso faz com que o posto de hegemon seja transitório. Ele cria as condições para sua própria queda.
A contradição é que ser a principal potência imperialista exige um preço a pagar, o de suportar déficit comerciais com outras potências. Isso é feito para evitar constantes crises econômicas e conflitos bélicos interimperialistas.
Assim foi no período colonial com a Grã-Bretanha. Porém, na época, o déficit comercial que a Grã-Bretanha tinha com a Europa Continental e com os EUA, podia ser equilibrado por conta da colonização do mundo. As colônias conquistadas pelo Império britânico permitiam uma extração bruta de matérias primas e sobre-trabalho que liquidavam esse déficit e geravam um superávit.
Hoje, para superar essa contradição, Trump e a burguesia estadunidense estão diante de alternativas. Aqui listamos algumas possibilidades: 1) se aceita a transição para um mundo multipolar, tentando manter cada vez mais áreas sob a influência estadunidense. 2) se busca superar o déficit por meio da espoliação direta de outros povos e Nações. 3) Os EUA tenta manter seu papel como potência unipolar redesenhando o mundo, ignorando esse peso histórico de ser o hegemon e gerando crises e possíveis conflitos globais.
A estratégia estadunidenses de recriar a ordem internacional é incerta. Se ela terá sucesso ou não, ainda é imprevisível. Mas fica nítido que as tarifas apresentadas são parte desse projeto de realizar uma “virada de mesa” na ordem internacional.
As tarifas são incapazes de industrializar os Estados Unidos
Donald Trump tem um plano e elabora uma estratégia. Vejamos porém se esse choque tarifário é capaz de gerar efeito positivo.
No campo econômico, ele argumenta que estas tarifas teriam como objetivo a internalização de cadeias produtivas. Trump afirma que elas são para corrigir o que chama de injustiças comerciais e quer restaurar a base de manufatura do país.
A questão é que as tarifas aplicadas são, por si só, incapazes de reverter a desindustrialização.
A globalização tem como efeito o fato de que as cadeias de valor da manufatura se tornaram global, com matérias-primas espalhadas pelo mundo. E também a ida para o Sul Global de operação de fábricas das empresas multinacionais dos principais países imperialistas, buscando aproveitar o baixo custo da mão de obra.
A realidade é que a desindustrialização é consequência do neoliberalismo e da financeirização econômica. Trump não pode fazer dos EUA a principal economia manufatureira do mundo, o relógio da história não anda para trás e porque sem o confronto a financeirização isto se torna impossível.
Trump não enxerga os problemas que estão na origem da desindustrialização dos EUA. Assim como, não percebe aquilo que levou o país a se tornar uma potência na virada do século XIX para o século XX.
Enquanto Trump aposta em enfraquecer a regulamentação pública, retirar impostos progressivos sobre a renda, e vender infraestrutura pública, avançando nas privatizações. O caminho histórico dos Estados Unidos foi o inverso.
O país teve ao longo dos anos o Estado como condutor econômico. O programa industrial estadunidense do século passado baseava-se no investimento privado aproveitando a construção de infraestrutura pública, financiamento de crédito via bancos estatais, e o Estado exercendo forte regulamentação via impostos. Combinava-se assim capital privado, capital estatal, protecionismo econômico e tarifas, tributação sobre renda, poder regulatório do Estado, e investimento em infraestrutura.
Trump não tem o objetivo de recriar tal modelo de economia responsável por superar o monopólio industrial e financeiro britânico. Seu modelo é o programa neoliberal.
As tarifas são um risco para a economia global
A política de choque tarifário fracassará em seu objetivo de reindustrialização interna. Aparentemente alguns perceberam isto antes do presidente estadunidense, e pressionaram para que mudasse o discurso e forma de atuação.
Caso passados os 90 dias de suspensão da medida e Trump resolva manter as mesmas, o caos econômico é em certa medida imprevisível.
Podemos levantar hipóteses de efeitos mais imediatos dessa política tarifária. Entre eles um aumento do desemprego decorrente da ruptura dos fluxos comerciais, o aumento dos preços ao consumidor, elevando o custo de vida e também o preço da mão-de-obra no país. No campo industrial podemos ver uma dificuldade para importações de matérias-primas e componentes essenciais.
Ao invés da derrubada da taxa de juros, as tarifas geraram uma pressão inflacionária, aumentando a taxa de juros, e perda do valor de compra do dólar no mercado interno, o que piorará a vida da classe trabalhadora e pode gerar crises no governo. Isso, por sua vez, gera o efeito inverso daquele anunciado por Trump: o renascimento da indústria norte-americana. Já que esse combo de fatores influenciam para uma maior financeirização da economia. A cartada de Trump não se efetivou e o tiro saiu pela culatra.
Um outro objetivo do tarifaço de Trump, era que elas se tornassem uma fonte de receita do governo capaz de realizar uma contra reforma tributária cortando uma série de impostos sobre a burguesia do país, em especial atingindo o imposto sobre renda.
Caso se mantenham as medidas de Trump independentemente dos custos para as cadeias de suprimentos globais, podemos encarar uma nova recessão tanto nos EUA quanto nas principais economias do planeta.
As tarifas já causam também um efeito contrário no cenário comercial, fazendo com que a China fortaleça a economia e o mercado interno e busque ampliar laços com parceiros comerciais. Outros países, diante da incerteza da manutenção ou não dessas tarifas, podem procurar alternativas ao mercado americano.
Aqui vale fazer alguns destaques. Enquanto o Ocidente se desindustrializava, e se dobrava diante da financeirização, a China fez o caminho inverso. Se industrializou, ampliou e diversificou suas cadeias produtivas, superou diversos países imperialistas, e alcançou a fronteira do conhecimento.
Isso foi possível pelo fato da China manter todo sistema bancário e a criação de crédito nas mãos e completo domínio do Estado, evitando as flutuações internacionais. Essa política permitiu evitar a financeirização, e ao governo chinês financiar a infraestrutura com trens-bala, metrôs, transporte público, além de oferecer serviços a baixo custo e investir em indústrias via subsídios estatais.
Assim, a tentativa de Trump de pôr a China e o Sul Global de joelhos via Guerra Comercial, parece uma tentativa falha. Caso o imperialismo decadente encontre um meio de impor uma derrota para seus adversários, não me parece que será via este tarifaço.
Um tigre de papel, mas com dentes nucleares
Erros e cálculos errados custam caro, na vida e na política. Errar e acertar faz diferença. O governo Trump cometeu um erro e vai colher as primeiras crises como consequência dessa escalada.
A taxa de aprovação do presidente caiu 5%. Disputas internas dentro do próprio governo começaram aparecer, com setores abertamente contra as tarifas. Do mesmo medo, que congressistas Republicanos foram responsáveis por pressionar o governo para a suspensão delas por 90 dias. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, do partido Democrata, entrou em um processo contra Trump por conta das tarifas, buscando respondê-las, afirmando que elas são ilegais, geram desemprego e perdas econômicas para o estado.
O campo de oposição a Trump também se movimenta. Manifestações contra o governo aconteceram em 1500 cidades, levando 800 mil pessoas às ruas. O veterano senador Bernie Sanders, que se reivindica um socialista democrático, junto da deputada Alexandria Ocasio-Cortez, tem rodado o país e reunindo milhares de pessoas em comícios onde levam uma mensagem de esperança e debatem um projeto político de oposição à extrema direita e aquilo que tem chamado de oligarquias econômicas.
A resposta política interna nos EUA para as tarifas parece ser desagregação entre o governo e os Republicanos, e uma possibilidade de avanço da oposição, em especial da ala esquerda do partido Democrata. Cabe a ver como se desenvolverá a situação e se a classe trabalhadora e massas populares irão acumular forças e ter saldos organizativos nesse movimento.
Por aqui, no Brasil vimos a aprovação por unanimidade da lei de reciprocidade, que permite a adoção de medidas, incluindo tarifárias, para países que criarem restrição às exportações brasileiras. Não se sabe se o governo de Presidente Lula usará isso nesse momento.
Cabe ver também se nosso país aproveitará este cenário de incertezas, mas também de oportunidades, para modificar sua política externa. Buscando realizar medidas de integração regional, ações que rompam com a subordinação ao imperialismo estadunidense, e elabore uma política estratégica sobre o papel do Brasil na nova ordem mundial que se desenha.
Por mais que achemos que a política de tarifaço foi um erro para a industrialização e no combate a ascensão chinesa, a nova Guerra Comercial, e a nova estratégia geopolítica dos EUA que se desenvolve, abre um período perigoso, de incertezas, mudanças, e crises, tanto econômicas quanto políticas. Trump aposta no Caos como método, mas como mostrou Maquiavel, o caos também é força motriz para o desenvolvimento político e na disputa por Poder.
A reorganização do sistema global não se dará da noite para o dia, e não será um movimento tranquilo. Se a política estadunidense de modificar a ordem global funcionará e o que vai surgir disso é imprevisível. O resultado, e qual campo político sairá vitorioso deste confronto é incerto. A certeza é que estamos diante de um mundo diferente e com cada vez mais turbulência.
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