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Em defesa dos direitos políticos de Aldo Santos


Publicado em: 13 de março de 2025

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Rafael Emidio, do ABC Paulista (SP)

Esquerda Online

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Aldo Josias dos Santos, com 71 anos, é um destacado ativista antirracista e uma das principais lideranças do movimento popular em São Bernardo do Campo. Se destacou como uma liderança crucial, defendendo os direitos dos trabalhadores e lutando por justiça social. Como ex-vereador e professor aposentado, sua vida tem sido marcada por um compromisso inabalável com a causa dos menos favorecidos.

Aldo Santos é vítima de um processo judicial que se arrasta por 21 anos. Desde 2003, quando, na condição de vereador, teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos e foi condenado ao pagamento de uma multa que, atualmente, ultrapassa a marca de R$ 1 milhão de reais. Como professor aposentado, recebe um salário que torna impraticável o pagamento dessa multa astronômica.

Aldo, mais uma vez, tem tido sua conta bancária bloqueada e seu salário confiscado por um “crime” que nada mais é que um ato de solidariedade ao participar do movimento popular da Ocupação Santo Dias, em 2003, em um terreno pertencente à Volkswagen.

Além de Aldo, a advogada Camila Alves, à época uma das coordenadoras da ocupação que reuniu cerca de 10 mil pessoas, também foi condenada pelo mesmo processo. Na semana passada, o professor foi surpreendido com o bloqueio de sua conta bancária. Posteriormente, soube que seu salário havia sido confiscado por determinação judicial.
A dívida, inicialmente calculada como uma multa de 10 vezes o subsídio de R$ 8.842,50 (valor do subsídio quando Aldo exercia o mandato de vereador), alcançou a exorbitante quantia de R$ 1.034.647,43. Resultando em uma dívida que se transformou em uma bola de neve.

É inaceitável que Aldo Santos, um homem que dedicou sua vida à luta pelos direitos humanos e pela justiça social, seja alvo de uma perseguição judicial tão desmedida. O bloqueio de suas contas e o confisco de seu salário representam não apenas uma punição desproporcional, mas também um ataque claro a seus direitos fundamentais.

Devemos nos unir em defesa de Aldo Santos, exigindo que a justiça seja feita e que os direitos políticos e financeiros deste valoroso ativista sejam restaurados. Aldo Santos não está sozinho, e suas décadas de militância merecem ser honradas e protegidas contra qualquer forma de injustiça.

A luta de Aldo Santos é a luta de todos que acreditam na justiça e na liberdade. É fundamental que continuemos a lutar por seus direitos, garantindo que sua voz e sua história sirvam de exemplo para futuras gerações. A defesa de Aldo Santos e da Camila Alves é, em última análise, a defesa de todos os que lutam contra a criminalização dos Lutadores/as, dos movimentos sociais, e por dignidade para a classe trabalhadora.


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