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O esquerdismo pós-traumático | Parte I: As razões do esquerdismo ontem e hoje


Publicado em: 28 de janeiro de 2025

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Matheus Hein, Militante da Resistência-PSOL de Porto Alegre (RS)

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

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Em 1920 Lênin escreve o seu último livro. Como a maior parte das suas obras, era uma arma que utilizava para um combate político no interior do movimento comunista. Mais de 100 anos separam “Esquerdismo: Doença infantil do comunismo” do nosso tempo, mas o esquerdismo segue presente na esquerda. Apesar de não tratar-se de uma repetição, possuindo características próprias relacionadas com a etapa histórica em que vivemos, o esquerdismo de hoje possui muitas semelhanças com o daquele tempo, demonstrando a vitalidade da obra de Lênin. Aproveitando que a Usina Editorial acaba de lançar uma nova versão do livro de Lênin, trazemos um debate sobre o que é e qual papel desempenha o esquerdismo hoje. Num tempo muito mais adverso daquele vivido pelo revolucionário bolchevique, o esquerdismo é um desvio ainda mais pernicioso do que um século atrás e, mais preocupante: seus padrões encontram-se em praticamente toda a esquerda socialista. Por isto, precisamos entender o fenômeno do esquerdismo no século XXI, um esquerdismo pós-traumático. Nossa análise se dividirá em três partes: 1) As razões do esquerdismo ontem e hoje; 2) Os sintomas do esquerdismo pós-traumático; 3) Integrando o trauma e superando o esquerdismo.

1. A doença infantil e o transtorno pós-traumático

Lênin, ao escrever “Esquerdismo…” caracteriza o esquerdismo de sua época através de três principais características: a recusa de atuar nos sindicatos “reacionários”, o boicote por princípio ao parlamento e a negação de compromissos com organizações não-revolucionárias. Essas atitudes, para Lênin, refletem uma interpretação distorcida da Revolução Russa e da conjuntura internacional do início do século XX. O líder bolchevique criticava os esquerdistas de sua época por agirem com base numa “fé revolucionária” sem levar em consideração as condições materiais de cada país. Isto é, a Revolução Russa soprou forte o vento revolucionário por todo o mundo e, empolgados por isto, os esquerdistas achavam que a revolução já estava madura a nível internacional: bastava que os revolucionários inflamassem as massas. Lênin via essas posições como desvios perigosos que, em nome da pureza revolucionária, isolavam os comunistas das massas e da política concreta, afastando-os das lutas diárias e das possibilidades de alianças estratégicas. O esquerdismo, para Lênin, era uma forma de cegueira política que, ao rejeitar qualquer compromisso tático, não conseguia perceber as condições objetivas e as exigências da luta de classes no momento presente. Antes de adentrar no esquerdismo dos dias atuais, é preciso compreender as três características centrais do esquerdismo na análise de Lênin:

a) Recusa de atuar nos sindicatos “reacionários”

Lênin critica radicalmente a recusa de muitos setores do movimento socialista em atuar nos sindicatos que, à época, eram classificados como “reacionários”. Essa postura, que se baseava na ideia de que os sindicatos dominados por forças alinhadas à burguesia não poderiam ser instrumentos de atuação revolucionária, estava em desacordo com a concepção leninista de que era necessário trabalhar dentro dessas organizações, mesmo que fossem imperfeitas, para conquistar a classe trabalhadora. Para Lênin, era preciso estar onde a classe estava. Ao se afastar dos sindicatos que não correspondiam a seus ideais de pureza revolucionária, o esquerdismo ignorava as massas trabalhadoras que viam estas entidades como suas. Em vez de utilizar a plataforma sindical para construir uma base de massas, fortalecer as lutas do dia a dia e ampliar a conscientização política, o esquerdismo preferia o isolamento, levando a uma maior fragmentação e à perda de oportunidades concretas de intervenção e mobilização. A crítica de Lênin a essa recusa não é apenas uma crítica tática, mas uma defesa da necessidade de se inserir nas lutas cotidianas dos trabalhadores, mostrando que a revolução não se faz apenas no plano teórico ou através de ações isoladas, mas sim por meio do trabalho nos movimentos existentes e entre as contradições destes espaços;

b) Boicote por princípio do parlamento

Outro traço do esquerdismo criticado por Lênin era o boicote absoluto e por princípio ao parlamento e às instituições políticas estabelecidas. Para muitos comunistas de sua época, a simples participação em um parlamento burguês era vista como uma traição ao ideal revolucionário, um reconhecimento da ordem estabelecida e uma aceitação das limitações do sistema político vigente. Os esquerdistas do período compreendiam que, se o parlamento havia falido enquanto instituição política, então era necessário boicotá-lo e adotar apenas a denúncia ao parlamento como tática, visando empurrar os proletários contra a instituição parlamentar. Lênin, por outro lado, argumenta que o parlamento, embora uma arena de disputa dentro do capitalismo, também é um campo no qual os comunistas podem e devem intervir. Para ele, a recusa de usar as instituições parlamentares como uma plataforma para a luta revolucionária significava uma perda de uma oportunidade valiosa para mobilizar as massas, divulgar a agenda socialista e pressionar o sistema através de um terreno que, por mais limitado que fosse, oferecia meios para fortalecer a influência comunista. Mais do que isto, a falência do parlamento e o fim das ilusões parlamentares entre a massa são duas coisas distintas, uma não acompanha a outra necessariamente. O boicote cego ao parlamento reflete, portanto, uma incapacidade dos esquerdistas do período em compreender o nível de desenvolvimento da consciência proletária e, portanto, a relação que a classe ainda constituía com a instituição. A crítica leninista não é contra a desconfiança em relação ao parlamento, mas contra o abandono de sua utilização como ferramenta de ação quando necessário e proveitoso para a estratégia revolucionária;

c) Negação de compromissos com organizações não-revolucionárias

A terceira característica que Lênin aponta é a tendência do esquerdismo de negar compromissos com qualquer organização que não fosse puramente revolucionária, excluindo as forças políticas que, embora não fossem  revolucionárias, podiam ser aliados importantes em lutas comuns. A visão do esquerdismo, que exige a pureza ideológica e a adesão a uma linha revolucionária inflexível, acaba se isolando e negligencia a importância das alianças táticas e da construção de frentes que, exatamente por serem frentes, não irão refletir a totalidade do programa bolchevique. Lênin compreendia que, para alcançar a revolução, é necessário construir compromissos temporários com organizações que não compartilham do campo revolucionário, às vezes até mesmo fora do campo socialista, visando alcançar objetivos específicos no compromisso firmado. Assim, o  compromisso sempre precisa estar submetido aos interesses de longo prazo, à estratégia revolucionária. A crítica de Lênin a esse sectarismo visa enfatizar a necessidade de flexibilidade e de pragmatismo nas táticas, reconhecendo que a revolução não ocorre em um vácuo e que, muitas vezes, é preciso ceder em certos aspectos táticos para avançar em outros mais estratégicos. 

Analisando tanto as três características principais do esquerdismo da época e o contexto do período, podemos afirmar que a situação em aberto no final da década de 1910 e início da década de 1920 teve papel importante nos desvios esquerdistas. O raciocínio era: a Revolução Russa abriu um novo período revolucionário, o capitalismo está em crise e a classe está pronta, podemos derrubá-lo em todo o mundo. Uma compreensão esquemática e formulaica que considerava a Revolução Russa um projeto a ser replicado em todos os países, independentemente das especificidades que cada formação nacional possui. “O capital é o mesmo”, poderiam argumentar. Assim, ignoravam que o capital é uma multiplicidade que vai além de fórmulas simplistas. Rejeitar acordos, compromissos e alianças com aqueles que não são parecidos com a justificativa de que a revolução bolchevique botou fim ao tempo dos acordos era uma inocência, infantilidade. Hoje, entretanto, estamos em outro nível. Se no passado o esquerdismo apoiava-se em uma leitura equivocada da realidade pelas vitórias recentes da classe operária, hoje nada poderia ser mais diferente do que àquela realidade. Lênin comenta que o anarquismo foi muitas vezes uma expiação dos pecados oportunistas do movimento operário,  o esquerdismo de hoje talvez se assemelhe mais com isto. De todo modo, um fator determinante é o impacto das experiências traumáticas do último século. Um acúmulo de derrotas e desmoralização que deixaram um trauma profundo nas organizações de esquerda.

2. Derrotas, desmoralização e afastamento das massas

O fim do século XX é um trauma ainda não resolvido por grande parte da esquerda. O esquerdismo atual não é o único resultado deste trauma, mas é um dos mais marcantes. Os anos 1970 e 1990 foram crueis para os revolucionários: queda do muro de Berlim, derrotas esmagadoras da classe trabalhadora nos EUA e Inglaterra, fim da URSS e um refluxo geral do movimento revolucionário. Exceções importantes existem, especialmente fora do norte global, como processos revolucionários na África, a derrubada de ditaduras na América Latina, movimentos como o anti-globalização e a luta dos Zapatistas no México. De todo modo, mesmo estas exceções resultaram em derrota de processos revolucionários onde ocorreram. A derrota das ditaduras avançou até a instalação de regimes democrático-liberais e a adesão ao neoliberalismo, não sem antes deixar para trás uma geração inteira aniquilada fisicamente e, em muitos sentidos, politicamente por toda a América Latina; o movimento anti-globalização definhou de maneira tão rápida quanto ascendeu; e os Zapatistas seguem isolados em Chiapas, inclusive dando início a ideia de “mudar o mundo sem tomar o poder”, que esteve em alta nos 1990 e 2000. O movimento revolucionário estava em total regressiva e o consenso neoliberal consolidado com muita repressão a qualquer tentativa de resistência. 

No Brasil, a derrota da ditadura militar soprou ares de transformação na esquerda e no movimento dos trabalhadores, uma oportunidade de superar o trauma do massacre que a esquerda revolucionária sofreu nos anos da ditadura com a aniquilação da luta armada. A criação do PT e da CUT foram marcos na rearticulação do movimento operário e o grande pólo aglutinador das lutas nos anos 1980, mas que já apresentou crises no decorrer dos anos 1990. A disputa em torno do Fora Collor — a ala à esquerda defendia integrar e disputar o movimento, enquanto a direita do PT procurava formas de “suavizar” o partido — levou às primeiras rupturas importantes da esquerda pós-ditadura, marcando o início de uma fragmentação intensa e constante. Nos 2000, após o primeiro governo Lula ser eleito, o processo se intensificou com rupturas e expulsões do partido, levando à criação do PSOL e o enfraquecimento crescente da esquerda petista. De lá para cá a fragmentação da esquerda aprofundou-se radicalmente, com diversos grupos reivindicando ser o “partido revolucionário da classe trabalhadora”. Este processo prolongado — de hegemonização neoliberal globalmente e a construção de um governo de colaboração de classes com a direção do Partido dos Trabalhadores — produziu uma celeuma na esquerda: as acusações de traição e a autodeclaração revolucionária tornaram-se parte integrante das discussões de grande parte das organizações de esquerda. Quando os governos do PT demonstraram-se reformistas de baixíssima intensidade, com uma relação de aliança com a burguesia nacional e internacional em detrimento dos laços com a classe e seus movimentos, disposto a compor alianças com partidos conservadores e reacionários, o processo de desintegração da esquerda consolidou-se.

Esperando forçar a classe trabalhadora a dar um salto, diversas organizações de esquerda apostaram no denuncismo dos governos petistas e na ruptura total com as forças reformistas por um lado, mas que por outro também significou um afastamento  das massas de trabalhadores que ainda possuíam suas esperanças enraizadas no PT e, especialmente, na figura de Lula. Com uma narrativa revolucionária, mas sem enraizamento suficiente nas massas e, mais importante, sem compreender o nível de consciência da classe no período, a esquerda de oposição ao PT bradou ao nada, sem eco. Tinham suas próprias entidades, criaram diferentes frentes paralelas umas as outras, mas não acumularam em seus círculos qualquer contingente que pudesse fazer frente às fileiras e à influência petista. Então veio 2013 e a esquerda, já tomada por uma postura profundamente esquerdista, via a revolução chegando a galope.

3. A esquerda brasileira no abismo

As gigantescas mobilizações de 2013 foram a demonstração explosiva da ruptura de parte da classe trabalhadora com o PT, assim como do descontentamento da classe média, mas mais importante: a impossibilidade de seguir sustentando o “modo PT de governar”. Não quero resgatar aqui o debate sobre a natureza de junho de 2013, por esta razão apresento diretamente a minha conclusão particular: um movimento de massas com seu conteúdo ideológico em aberto, mas motivado por condições materiais que apresentavam as contradições dos governos de colaboração petistas. Isto significa que, sim,  2013 foi um sinal do desgaste crítico da relação orgânica das massas trabalhadoras com o PT como seu representante político. Isto não significa, de todo modo, que o resultado do processo seria progressivo necessariamente. Ou seja, nem sempre o desgaste da relação entre as massas e governos reformistas indica uma tendência positiva na correlação de forças. Num contexto de esquerda totalmente fragmentada e sem condições de apresentar alternativas para as massas, quem estava mais articulado e preparado para capturar o saldo político era a direita e, mais precisamente, a extrema-direita. Após 2013, retrocederam todos os elementos progressivos do processo incendiário das manifestações, enquanto a extrema-direita aproveitou-se do ressentimento e descontentamento que seguiram existindo. Infelizmente, diversas forças de esquerda acabaram adotando discursos que aproximaram-se do discurso da direita golpista, com a aposta de que assim se apresentavam diante das massas como a força capaz de enfrentar o governo. Uma aposta tremendamente equivocada, já que quem capitaneou o processo de oposição e captou todo seu saldo foi a extrema-direita. 

O esquerdismo, entretanto, ignorou o perigo da extrema-direita já naquela época. Qualquer aviso de perigo era rechaçado como alarmismo governista para amedrontar a esquerda revolucionária e, na visão deles, a ira da classe trabalhadora contra o PT. A revolução batia à porta, os revolucionários só precisavam abrir a passagem.  A realidade, entretanto, logo foi um banho de água fria: a onda pelo impeachment de Dilma veio de maneira intensa em 2015 e em 2016 Dilma foi derrubada, o que marcou a primeira grande derrota de uma série de derrotas que o PT teria na sequência: a Lava-Jato, a tropa de choque da burguesia no momento, conseguiu a prisão absurda e criminosa de Lula em 2018 e o nomeado para substituir Lula e encarar Bolsonaro foi Haddad. Então, a extrema-direita — tão menosprezada pelo esquerdismo e pelo oportunismo — chega ao governo.

Durante o governo Bolsonaro, o esquerdismo não foi capaz de reconhecer o significado do bolsonarismo e, portanto, atuar de maneira coerente com o perigo que representava. Para estas correntes, Bolsonaro representava uma versão mais bruta e mais grosseira do capitalismo neoliberal, mas não muito mais que isso. Sim, um viúvo da ditadura e repugnável, mas para além das características da figura em si, não compreendiam como o bolsonarismo combinava ultraliberalismo econômico com um projeto autoritário de extrema-direita apoiado num movimento de massas que é, em última instância, o fascismo brasileiro em  nosso tempo. Mais grave, essas forças viam duas prioridades para o período: derrotar Bolsonaro e denunciar o reformismo do PT. Ambas teriam o mesmo peso, já que as ações, críticas e denúncias ao PT às vezes superaram as feitas ao bolsonarismo. A insistência em narrativas simplistas, que colocavam o PT e Bolsonaro como “faces da mesma moeda”, não podia gerar outro resultado que não o divisionismo.

A urgência de enfrentar as políticas fascistizantes, neoliberais e destrutivas do bolsonarismo deixava clara a necessidade de formação de frentes abrangentes de oposição. Mantendo uma coerência interna com seu pensamento, por mais equivocado que seja, o esquerdismo recusou-se a formar qualquer frente com o PT. Um exemplo emblemático foi o surgimento da frente “Povo na Rua”, que uniu no seu esquerdismo correntes do estalinismo — UPe PCB — e do trotskismo — MES, MRT e outros. Por outro lado, a Frente Povo Sem Medo e a Frente Brasil Popular construíram espaços de frente única que superaram diferenças para enfrentar o perigo fascista do governo Bolsonaro. No final, Bolsonaro manteve-se durante todo seu mandato e sua derrota só foi possível com o retorno de Lula para uma disputa eleitoral com uma grande aliança. Vale lembrar que na mesma eleição, uma disputa para impedir mais 4 anos de Bolsonaro, diversos partidos de esquerda lançaram candidaturas próprias (UP, PSTU e PCB) e uma ala do PSOL (dirigida pelo MES) tentou até o último segundo fazer com que o PSOL lançasse candidato próprio.

4. A realidade como ela é

Como já dito, Lênin destacou a incapacidade de ler a realidade concreta como um dos defeitos do esquerdismo. Segue sendo uma verdade inquestionável. Neste primeiro artigo buscamos resgatar as diferentes derrotas que despedaçaram a esquerda mundialmente, mas focando nas especificidades brasileiras. Uma cegueira política levou a esquerda a muitos erros, visões de oportunidades inexistentes, perda de oportunidades reais. Esta verdade segue ocorrendo hoje, agora mesmo. O bolsonarismo segue forte e rastejante, o governo Lula III começa a demonstrar suas dificuldades em manobrar um carro antigo em uma pista nova e, ao mesmo tempo, o retorno de Trump demonstra que as derrotas do fascismo no último ano foram algumas batalhas, mas de forma alguma a guerra. E o esquerdismo? Inverteu, é claro, a ordem de prioridades. Se antes o bolsonarismo e o petismo eram duas faces de uma mesma moeda capitalista, agora o foco total dos ataques é o governo Lula — afinal, eles representam os interesses burgueses agora, não é. Parte significativa da esquerda — sincera, honesta —- caiu tão profundamente no buraco do esquerdismo que sua desconfiança paranoica, purismo ideológico e prepotência auto-proclamatória impedem ver qualquer fato da realidade que desminta a ficção que criaram na sua própria cabeça.

De todo modo, os traumas vividos pelos esquerdistas não são, de modo algum, exclusividade deles. Muitas das derrotas que viveram não foi a simples derrota de alas esquerdistas, mas derrotas massivas para a classe trabalhadora que acarretaram em desorganização para a esquerda em geral. A reprodução de uma lógica esquerdista, mesmo em organizações que tentam não cair nestes padrões, é parte do “esquerdismo pós-traumático” que tratamos aqui: uma síndrome de diferentes intensidades que atinge quase a totalidade da esquerda. No próximo artigo trataremos dos três sintomas centrais do esquerdismo hoje: 1) purismo ideológico como mecanismo de defesa; 2) um estado paranoide permanente; 3) esquematismo revolucionarista.

 


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