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Guilherme Cortez se torna o mais jovem líder de uma bancada da história da Alesp
Deputado assume liderança do PSOL-Rede
Publicado em: 24 de janeiro de 2025
O deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL) assumiu a liderança da bancada da Federação PSOL-Rede na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). Aos 27 anos, Cortez se tornou a pessoa mais jovem a liderar uma bancada partidária na história da Casa. A Federação PSOL-Rede conta com 6 deputados.
O deputado, que é bissexual e uma das principais vozes em defesa da comunidade LGBT na ALESP, destaca a importância da escolha. “Estamos vivendo um momento muito complicado, de retrocessos em todo o mundo, e São Paulo infelizmente está nessa rota. Na ALESP, a população LGBT é o alvo principal da extrema-direita, que nos usa para atiçar sua base. Minha eleição para liderar a bancada é um marco da nossa luta por respeito e dignidade”.
Segundo Cortez, sua prioridade será o combate ao que chama de “pacote de destruição do Estado” do governador Tarcísio de Freitas. “Estamos em um momento decisivo, em que o governador decide se será candidato à reeleição ou a presidente. Em ambos os casos, ele quer mostrar que é capaz de destruir mais do que os governos do PSDB. Já fez isso com a Sabesp e com a educação estadual e agora que completar o serviço”.
“O projeto do Tarcísio é afrouxar a mão do Estado no que diz respeito às políticas sociais e endurecer o braço militar para reprimir o povo. Por isso você vê de um lado um discurso ultraliberal, de privatizações desenfreadas, e a militarização de escolas e aumento da violência policial de outro”, diz o deputado. “Essa lógica comprovadamente não funciona. Basta ver a Sabesp, que, em poucos meses privatizada, já aumentou a conta e causou um surto de virose no litoral paulista. Além da Enel e da ViaMobilidade. O povo está vendo que transferir serviços essenciais para a iniciativa privada não dá certo”.
Cortez não poupou críticas à condução da Assembleia. “A ALESP não funciona como deveria. O povo espera que os deputados deem respostas para os seus problemas, mas o ritmo aqui não é o mesmo. Várias CPIs não conseguiram nem votar seus relatórios e as que conseguiram acabaram em pizza. O governador normalizou a prática de comprar a fidelidade dos deputados da sua base através de emendas, o que é outra forma de orçamento secreto. Isso impede que haja um debate real dos problemas do Estado”.
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