Mesmo com a vitória de Lula contra Bolsonaro, em 2022, o que vemos na sociedade brasileira atualmente é uma ofensiva das forças políticas mais conservadoras e reacionárias. O esquema bilionário das Emendas Parlamentares comandado por Arthur Lira turbinou a eleição dos políticos do Centrão e da Extrema-direita.
Esse fenômeno ocorreu em âmbito nacional, porém foi mais profundo em nossa capital, Belém. É preciso que as forças políticas de esquerda e progressistas reflitam bastante sobre esse resultado de forma realmente (auto) crítica e busquem se (re) orientar pelo caminho da mobilização popular, da retomada do trabalho de base, da unidade na luta, da independência de classe e da radicalidade programática como meios para se recuperar da derrota sofrida. Conciliar com o inimigo de classe é o caminho para a derrota. Ou, como diz o ditado popular, “cria corvos e eles te arrancarão os olhos”. A esquerda, no governo, precisa necessariamente governar “à quente”, apoiada na mobilização popular, e entregar conquistas sociais robustas para o povo, sob pena de gerar frustração nas massas e preparar o caminho para a volta da direita.
Neste segundo turno entre a centro-direita neoliberal (Igor Normando) e o neofascismo radical (Éder Mauro), orientamos “nenhum voto em Éder Mauro” e voto crítico em Igor Normando, tendo como principal critério político para essa definição a necessidade urgente de derrotar a extrema-direita neofascista, que representa o perigo maior de um governo negacionista, violento, autoritário e propagador de fake news.
Neste segundo turno entre a centro-direita neoliberal (Igor Normando) e o neofascismo radical (Éder Mauro), orientamos “nenhum voto em Éder Mauro” e voto crítico em Igor Normando, tendo como principal critério político para essa definição a necessidade urgente de derrotar a extrema-direita neofascista, que representa o perigo maior de um governo negacionista, violento, autoritário e propagador de fake news.
O sentimento das ruas e das urnas, assim como as pesquisas de opinião, apontam para a vitória de Igor Normando no segundo turno. Acreditamos que esse é o resultado mais provável e o menos danoso diante do cenário colocado.
Alertamos que o povo de Belém não deve depositar nenhuma confiança ou ilusão na oligarquia Barbalho e no MDB, partido que apoiou o golpe contra Dilma em 2016 e que aqui no Pará tem uma imensa ficha corrida contra os interesses da classe trabalhadora e dos povos da Amazônia. Não devemos nos esquecer da Reforma da Previdência estadual que sobretaxou os servidores públicos e nem da privatização da COSANPA, só para ficar em dois exemplos.
É urgente que as forças de esquerda se unifiquem para derrotar o miliciano neste segundo turno, mas também que não percam tempo na preparação, desde já, da construção de uma oposição de esquerda forte e articulada a um provável futuro governo Igor Normando. É obrigação do PSOL, pelo fato de não compor o governo Hélder Barbalho, não buscar conciliar com o próximo governante municipal, e liderar a oposição nas ruas e na Câmara Municipal, defendendo os direitos do povo e enfrentando os ataques que virão, tanto os da extrema-direita quanto os do Centrão.
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