Estamos em contagem regressiva para as eleições municipais. Em Fortaleza, é possível eleger a Bancada Negra da Educação para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal. Rafaella Florencio, Jarir Pereira e Natan Ribeiro são três professores negros, que representarão as lutas no campo da educação básica e superior públicas, gratuitas, de qualidade, referenciadas nas necessidades da classe trabalhadora, em especial, dos e das jovens negros e negras da periferia da cidade, que são os setores historicamente excluídos das politicas públicas de maneira geral.
A educação pública, baseada nos princípios democráticos, inclusiva e antirracista, é uma a semente de onde brotarão novas possibilidades para nossa sociedade. Valorizando cada trabalhador e trabalhadora, desde aqueles que cuidam da limpeza, da merenda, até os educadores em sala de aula, plantamos as raízes de uma política do povo e para o povo!
Pelo direito à educação pública, gratuita e de qualidade!
Fortaleza possui uma das maiores redes de ensino do país. Mas não basta ser grande, é preciso garantir a permanência das crianças e dos adolescentes com uma educação de qualidade! Fazer valer a Lei da Inclusão, com concurso para profissionais de apoio escolar e qualificação das salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) em todas as escolas. Investir na infraestrutura de creches e escolas que, em sua maioria, funcionam em prédios que não foram planejados para as atividades educacionais e que estão até condenados pela defesa civil por riscos de desabamento, incêndios, curtos-circuitos etc. Essas instituições também não dispõem de profissionais suficientes para a cozinha, limpeza, portaria, vigilância e funcionamento administrativo. A maioria de funcionários é terceirizada, de mulheres e homens negros e pobres, que enfrentam condições insalubres e inadequadas de trabalho, ficam com meses de salários atrasados e sem seus direitos trabalhistas assegurados.
Pelo direito à educação antirracista!
Queremos a efetivação, divulgação e fortalecimento dos instrumentos legais e institucionais de combate ao racismo na cidade. Precisamos batalhar pelo cumprimento da Lei 10639/2003, e da Lei 11645/2008, que incluem no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, promovendo o letramento racial e uma política municipal de acesso e permanência do povo negro nas escolas.
Por uma educação feminista!
Em Fortaleza, 33,88% da população de zero a três anos é atendida por creches. O percentual está abaixo da média nacional, que é de 37,76%. O perfil da população ue busca acesso à creche é de famílias de mães solo, de baixa renda e com vários filhos. Temos hoje diversas crianças fora da pré-escola por ausência de vagas. É necessário mudar essa realidade! Além disso, precisamos enfrentar a cultura do estupro, a violência contra as mulheres e os assédios, por meio da educação sexual e uma forte política de proteção às mulheres, crianças e adolescentes.
Por uma política coletiva!
Basta de personalismo e individualismo na política. As coletivas feministas e antirracistas são uma possibilidade de combate à política machista, racista e personalista na qual os mesmos homens permanecem por muitos mandatos sucessivos nas prefeituras e câmaras municipais.
A Bancada Negra da Educação chegou para aticular e corporificar as demandas do povo negro e não negro, das mulheres, LGBTQI+, do meio ambiente, das periferias da cidade e de toda a classe trabalhadora fortalezense, com uma política inclusiva, que promova igualdade, justiça social e respeito à diversidade. A educação é um espaço onde todas essas pautas e anseios se encontram e podem ser concretizados! Por isso, precisamos de representantes que enfrentem o desmonte dos serviços públicos e dos direitos do povo trabalhador. Uma bancada de vereadores que se coloque em defesa da educação e à disposição dos interesses da população, das nossas crianças e do povo negro.
No dia 6 de outubro podemos eleger uma bancada de professores para construir a Fortaleza negra da educação!
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