As eleições em Aracaju estão demonstrando um cenário bastante conservador. As candidaturas “bolsonaristas” lideram as pesquisas para a prefeitura e há uma forte tendência de que a câmara de vereadores tenha uma composição ainda mais à direita. Além da conjuntura nacional, em que a extrema direita demonstra um nível forte de organização e mobilização, essa situação específica ocorre por conta da falência da atual gestão em atender os anseios da classe trabalhadora. Edvaldo governa a partir de um modelo de cidade da privatização, destruição ambiental, falta de diálogo com servidores, e concilia com setores reacionários, a exemplo de Láercio Oliveira.
A esquerda luta dividida, e, somente a candidatura do PSOL – Niully Campos – tem feito um enfrentamento mais direto ao bolsonarismo no debate público. Desde 2018, o partido vem ocupando um importante espaço de denúncia e mobilização contra o projeto da extrema-direita. Com a eleição de Linda Brasil e Sonia Meire, temos hoje duas referências dessa importante luta. Mesmo sob diversos ataques, fakenews, e até mesmo ameaças de morte no caso da deputada Linda, essas mulheres são linha de frente contra o bolsonarismo, defendendo a vida, os direitos sociais, a preservação ambiental e nossas comunidades. A reeleição de Sonia Meire, portanto, é uma trincheira fundamental de luta política antifascista na cidade de Aracaju.
Um dos elementos fundamentais para um mandato de esquerda é que esse espaço esteja a serviço das lutas da classe trabalhadora em toda sua diversidade. O mandato de Sonia foi ponto de apoio e contribuiu por vezes para impulsionar a luta social
Um dos elementos fundamentais para um mandato de esquerda é que esse espaço esteja a serviço das lutas da classe trabalhadora em toda sua diversidade. O mandato de Sonia foi ponto de apoio e contribuiu por vezes para impulsionar a luta social, como nas ações contra a privatização da DESO, pelo retorno da Petrobrás para Sergipe, a mobilização contra o PL do Estupro, Marcha da Maconha, etc.. O mandato de Sonia é referência para os movimentos populares, a exemplo da moradia, movimento hip-hop, movimento sindical, entre tantas comunidades em luta pela sobrevivência, como a reserva extrativista da mangaba e os bairros da zona de expansão.
O mandato parlamentar de Sonia completou recentemente um ano e meio. Mesmo com tão pouco tempo, o mandato teve diversas iniciativas institucionais e aprovou importantes projetos de lei, como a lei que regulamenta o portal online de matrículas na educação, garantindo transparência e cadastro reserva; a lei que cria um canal de denúncia de assédio sexual nas escolas da rede municipal; a lei que institui um programa para a educação antirracista nas escolas; a lei que definiu o bloco afro “descidão dos quilombolas” e o bloco de carnaval “Samba do Arnesto” como patrimônios culturais; a lei que institui gratuidade nos ônibus no dia da eleição.
O mandato também contribuiu com a formação política da militância e buscou trazer para o debate o internacionalismo, conectando a ação parlamentar com os importantes temas do mundo como a guerra entre Rússia e Ucrânia, a situação da Venezuela e a denúncia do massacre contra o povo palestino na faixa de Gaza, fortalecendo a perspectiva de que a luta da classe trabalhadora não tem fronteiras.
A gabineta popular de Sônia Meire representa, na prática, mais mulheres da classe trabalhadora na política. Em uma câmara de vereadores que possui apenas três mulheres vereadoras, sendo duas delas representantes do projeto bolsonarista, a presença feminista de Sonia é essencial para a defesa dos direitos de todas as mulheres da classe trabalhadora. Sonia Meire é de todas as lutas. Por isso, a companheira merece ser reeleita para vereadora de Aracaju. No dia 06 de outubro, para vereadora é 50123, Sonia Meire outra vez!
Alexis Pedrão é militante da Resistência e candidato a vice-prefeito de Aracaju pelo PSOL
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