O Brasil vive mais uma semana de ar irrespirável em todo o país. Diversas cidades estão com os índices de qualidade do ar entre os piores do mundo. Além da fumaça que enevoa os horizontes e polui o ar, vivemos tempos de secura nunca antes vistos. A seca extrema fez o governo do Amazonas decretar estado de emergência ambiental e de saúde.
O agronegócio é o grande responsável pelas emissões de CO2 no Brasil. Do total de 1,8 bilhão de toneladas emissões de C02 no Brasil, 56,3% são originadas pelos desmatamentos e queimadas, operadas pelo agro, seguido pelas emissões diretas da agropecuária, 33,7%.
O agronegócio é o grande responsável pelas emissões de CO2 no Brasil. Do total de 1,8 bilhão de toneladas emissões de C02 no Brasil, 56,3% são originadas pelos desmatamentos e queimadas, operadas pelo agro, seguido pelas emissões diretas da agropecuária, 33,7%. O agronegócio e a bancada ruralista, são a faísca do incêndio que cobre o Brasil e envenena o nosso ar, em seus ataques as áreas protegidas, investidas contra terras indígenas, ao financiar campanhas negacionistas do clima, ao impulsionar a lei de grilagem, o marco temporal, o auto licenciamento ambiental, o pacote do veneno e criminalizar os movimentos pela terra, como o MST, que lutam por um outro modelo de produção agrícola no país.
Se antes já não dava para negar os efeitos das mudanças climáticas, as condições meteorológicas demonstram que não dá para seguir como antes. O atual modelo de desenvolvimento adotado pelo país que deve ser revisto para que sigamos em condição de habitar essa terra. O PSOL reafirma suas bandeiras e exige medidas tais como:
- Celeridade nas investigações e responsabilizações pelos incêndios criminosos dos últimos anos.
- Investimento nas brigadas de combate aos incêndios, com atenção especial às brigadas indígenas.
- Valorização das carreiras dos servidores ambientais: IBAMA, ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro.
- Reforma agrária nas terras alvo de queimadas ilegais.
- Investimentos na atenção básica e especializada no SUS para lidar com problemas respiratórios e demais problemas de saúde relacionados à má qualidade do ar.
- Distribuição e recomendação imediata para uso de máscaras PFF2, PFF3 ou N95 para a população nas cidades atingidas pela fumaça.
- Demarcação das terras indígenas, titulação das quilombolas e proteção das APPs, que garantem ar e água limpos nas cidades.
- Ponto facultativo para os trabalhadores em dias de insalubridade do ar.
- Decretação de Estado de Emergência Climática no Brasil de modo a acelerar recursos e ações destinadas à prevenção.
Não há planeta B!
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