Depois de muito tempo, o campo da esquerda tem uma oportunidade única de voltar a protagonizar a disputa política na cidade de Franca-SP. O deputado Guilherme Cortez (PSOL) aparece em terceiro lugar em todas pesquisas, mostrando possibilidade real de disputar uma vaga no segundo turno. A luta central será contra o candidato da direita, o atual prefeito, Alexandre (MDB), e o candidato bolsonarista, João Rocha (PL).
A pré-candidatura de Cortez está empolgando e unindo diversos setores progressistas da cidade. Na última semana, Cassiano Pimentel, que foi vice-prefeito nas duas gestões do PT, entre 1997 e 2004, anunciou sua incorporação na coordenação de programa da campanha. Na quarta-feira (24), foi a vez do PDT informar que fará parte da coligação. O PDT de Franca tem importante vínculo com as lutas sociais na região, sendo o seu presidente local, Helder de Sousa, o líder do sindicato dos metalúrgicos da cidade.
Mas há uma grande e sentida ausência na frente de esquerda: o PT, que, até aqui, está optando pelo lançamento de candidatura própria. Essa definição do PT acabou por centralizar sua federação partidária, apesar do interesse declarado do PCdoB de construir uma candidatura unificada de todos partidos progressistas.
A vinda do PT para a frente progressista de Franca teria enorme valor. Agregaria força política e militante, aumentando a possibilidade da esquerda chegar ao 2° turno e eleger mais vereadores. O PT certamente teria um papel de destaque na aliança, em todos aspectos.
Mariana Negri, pré-candidata do PT, merece todo respeito — é uma liderança qualificada. Porém, é fato que Guilherme Cortez é, disparado, o nome que pode fazer a esquerda ir mais longe nessas eleições. Ao invés de construir a frente em torno da liderança de esquerda mais competitiva e agregadora, o PT está, infelizmente, optando pela divisão do campo progressista na cidade. Está indo, assim, na contra-mão do que está acontecendo em todo país. Brasil afora, PSOL, PT, PCdoB, Rede e PV sairão unidos nas eleições. Por exemplo, na cidade de São Paulo, o PT apoia Boulos, do PSOL. Já o PSOL apoia candidatos do PT em inúmeras cidades no estado, como Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, entre muitas outras. O critério é simples: dar suporte ao nome mais forte da esquerda para enfrentar a extrema direita e a direita.
A vinda do PT para a frente progressista de Franca teria enorme valor. Agregaria força política e militante, aumentando a possibilidade da esquerda chegar ao 2° turno e eleger mais vereadores. O PT certamente teria um papel de destaque na aliança, em todos aspectos.
Por isso, é importante fazer o último apelo ao PT de Franca: companheiros, ainda dá tempo de se somar à frente de esquerda que cresce a cada semana na cidade. O PSOL, a Rede, o PDT e o conjunto de lideranças populares, que estão com a pré-candidatura de Guilherme Cortez, receberiam o partido de Lula de braços abertos. Vamos Juntos!
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